Situada no vale de Alcântara, zona urbana, a ETAR foi projetada tendo em conta a requalificação ambiental da zona e o seu enquadramento paisagístico, incluindo a construção e plantação de um jardim suspenso.
Para José Sócrates, a obra demonstra que Portugal "atingiu um ponto de maturidade" em matéria de políticas ambientais, vencendo "o fosso que separava [o país] dos países mais desenvolvidos", cita a assessoria de imprensa da Câmara de Lisboa.
Além do primeiro-ministro, também o presidente da autarquia lisboeta, António Costa, e a ministra do Ambiente, Dulce Pássaro, estiveram presentes na inauguração do passado domingo.
O autarca considerou que esta "é uma obra da maior importância, decisiva para permitir libertar o estuário do Tejo de grande parte da carga poluente que diariamente despejamos no rio".
Já Dulce Pássaro sublinhou que a infraestrutura está ao nível de muitas existentes em grandes cidades mundiais, sublinhando que aquela permite o reaproveitamento das águas tratadas para regas ou lavagens de ruas, entre outros, havendo já compradores (municípios e empresas) interessados.
Outra parte das águas tratadas será posteriormente deitada ao Tejo junto à Doca de Santo Amaro.
A ETAR de Alcântara representa um investimento na ordem dos 70 milhões de euros. Trata-se da maior ETAR coberta do país e vai tratar e desinfetar todas as águas residuais provenientes de parte do município de Lisboa, incluindo a zona ribeirinha do Terreiro do Trigo, em Santa Apolónia, até Belém, e parte dos municípios de Amadora e Oeiras.