Uma equipa de cientistas comprovou que o vinho tinto é capaz de prolongar a vida e proteger a saúde de quem o bebe. O estudo foi publicado esta sexta-feira na revista Science e conta com a participação de duas investigadoras portuguesas.
Brindar à saúde vai passar a fazer mais sentido depois de uma equipa de cientistas ter comprovado que o vinho tinto é capaz de prolongar a vida e proteger a saúde de quem o bebe. O estudo foi publicado esta sexta-feira na revista Science e conta com a participação de duas investigadoras portuguesas.
O resveratrol, substância que se encontra nas sementes de uvas, na película das uvas pretas e no vinho tinto, é responsável pela estimulação da enzima SIRT1 que, por sua vez, ativa as proteínas responsáveis pela regulação celular do corpo humano.
Desta forma, o composto tem a capacidade de proteger o ser humano e retardar as doenças da velhice. À semelhança de estudos anteriores, os cientistas provaram que a SIRT1 protege o organismo de doenças ligadas como o cancro, a Alzheimer e a diabetes.
A proteína é apontada como responsável pelo melhoramento do desempenho das mitocôndrias, fonte de energia das células vivas, que com a idade enfraquecem e acabam por ter problemas de funcionamento.
Esta ideia foi anteriormente refutada por outros investigadores que afirmaram que o resveratrol só agia em condições artificiais. No entanto, a equipa de cientistas coordenada da Universidade de Harvard, nos EUA, garantiu que essa teoria foi refutada neste último estudo.
“Descobrimos o processo por detrás da ativação que se encontra nas células e que não exige qualquer composto sintético”, garantiu Basil Hubbard, coautor do estudo, num comunicado daquela universidade.
As cientistas portuguesas Anabela Rolo, da Universidade de Aveiro, e Ana Gomes, que trabalha diretamente com a Universidade de Harvard, foram coautoras deste estudo.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes e Elsa Martins]