As mulheres que dão de mamar aos seus filhos podem estar a reduzir em cerca de 10% o risco de virem a sofrer de cancro. A conclusão é de um amplo estudo conduzido a nível europeu.
As mulheres que dão de mamar aos seus filhos podem estar a reduzir em cerca de 10% o risco de virem a sofrer de cancro. A conclusão é de um amplo estudo conduzido a nível europeu, que descobriu também que aqueles que seguem os conselhos 'oficiais' para uma vida saudável com vista à prevenção do cancro conseguem cortar em cerca de um terço a probabilidade de morrer de diversas doenças.
A investigação desenvolvida por especialistas do Imperial College London, em Inglaterra, mostrou que as mães que, como é recomendado pelo World Cancer Research Fund (WCRF), dão de mamar aos bebés durante, pelo menos, seis meses, diminuem em 10% as hipóteses de desenvolver cancro, reduzindo também em 17% a probabilidade de morte em consequência de problemas circulatórios.
O estudo foi, no entanto, mais longe, tendo examinado os estilos de vida de cerca de 380.000 pessoas de nove países europeus e observado se estas seguiam recomendações como limitar a ingestão de álcool, manter a forma e consumir muita fruta e vegetais, conselhos dados pela WCRF contra o cancro.
Segundo o The Telegraph, a investigação, publicada no American Journal of Clinical Nutrition, revelou que o menor consumo de bebidas alcoólicas mostrou ser o fator mais importante na redução das probabilidades de vir a ter cancro, cortando este risco em 21%.
Por outro lado, dicas como a prática de atividade física com vista a manter a forma (sem nunca ficar abaixo do peso recomendável) ou a integração de muitos vegetais e frutas na dieta reduziram este risco em 22% e 21%, respetivamente.
Os investigadores constataram também que aqueles que seguiam mais de perto estes conselhos reduziram em 50% a probabilidade de morrer de doenças respiratórias, em 44% a hipótese de padecer de doenças circulatórias e, em termos gerais, em 20% os riscos de desenvolver cancro, quando comparados com os que não o faziam.
Prevenção é preciosa no cancro e noutras doenças
Teresa Norat, coordenadora da investigação, salientou que este é o primeiro estudo de sempre a declarar a existência de uma forte associação entre as recomendações globais da WCRF e um menor risco de morte prematura.
Além disso, é inédito no que toca à avaliação do papel da amamentação na diminuição das hipóteses de morte prematura causada por determinadas doenças quando esta prática é combinada com outras mudanças no estilo de vida.
Perante os resultados obtidos, Panagiota Mitrou, do departamento de Ciência da WCRF, destacou, citado pelo The Telegraph, que “este estudo demonstra verdadeiramente o valor do seguimento das recomendações na prevenção de mortes causadas por diversas doenças e não apenas pelo cancro”.
Clique AQUI para aceder ao resumo do estudo (em inglês).