Para que fosse possível criar este sistema tecnológico inovador, os cientistas estudaram a anatomia visual e cerebral do gafanhoto e as suas capacidades de resposta quando é alertado para uma possível colisão.
Os gafanhotos possuem um método único de processar informação, através de sinais elétricos e químicos. Esta função permite-lhes ser extramente rápidos e precisos em resposta aos sinais de alerta, impedindo as colisões.
O objetivo do Motor de Controlo Visualmente Estimulado (VSMC, sigla em inglês) é reduzir o maior número possível de acidentes e salvar vidas nas estradas.
Esta tecnologia é composta por dois sensores que captam imagens do estado do trânsito, enviando-as de seguida para um sistema de controlo simples. Por sua vez, este mecanismo estabelece a comunicação com o condutor e informa-o dos possíveis riscos que poderão surgir durante a sua viagem.
“Inspiramo-nos no gafanhoto, no seu sistema visual e na forma como interage com o mundo exterior. Quisemos replicar esse sistema num software e num hardware que pudesse ser usado em várias situações”, explica o professor Shigang Yue, no site oficial da Universidade de Lincoln.
De acordo com o professor, se este sistema – que por agora foi testado num robô – for usado nas estradas, pode dar aos condutores a capacidade de prever possíveis colisões e de reagir de forma muito mais célere a eventuais perigos.