A infraestrutura vai funcionar sobretudo como “um espaço privilegiado para os estudos sobre o património natural” da Zona de Proteção Especial para Aves de Moura/Mourão/Barrancos, que serve de local de abrigo e reprodução a várias espécies emblemáticas e ameaçadas de extinção, como a Águia-imperial, o Grou-comum, a Abetarda, o Sisão e o Cortiçol-de-barriga-preta.
Quem o afirma é Carla Janeiro, do Centro de Estudos de Avifauna Ibérica (CEAI), à agência Lusa, acrescentando que a “ocorrência histórica do Lince-ibérico, a espécie de felino mais ameaçada do mundo” justifica também a importância ecológica do local.
A responsável frisa ainda que, apesar de não ser a única existente no nosso país, a Estação Biológica do Garducho “vai além do conceito tradicional”.
“Temos várias valências que se complementam e o nosso espaço distingue-se também na área da arquitetura”, explicou Carla Janeiro à Lusa, referindo-se ao projeto arquitectónico de João Maria Trindade, que lhe valeu o mais importante galardão ibérico de arquitetura, o Prémio FAD, outorgado em Barcelona.
A Estação Biológica do Garducho representa um investimento de um milhão de euros, proveniente dos fundos comunitários e de algumas empresas privadas.