“A maior parte das pessoas não junta 'Portugal' e 'empreendedorismo' na mesma frase. Mas a maior parte dos norte-americanos também não sabe muito sobre Portugal: a maioria nunca visitou o país”. É assim que Barbara Carryer começa o artigo publicado, esta semana, no seu blog New Venturism sobre os desafios e mais-valias de Portugal em termos de empreendedorismo científico e empresarial.
Numa caixa do artigo, a professora da Carnegie destaca empresas com prestígio (e lucros) no mercado internacional como a Critical software, a Ydreams e a EDP Renováveis. Barbara acrescenta ainda que, nos próximos dias, vai escrever sobre outras empresas portuguesas inovadoras: a Dognaedis, a Bundlr, e a TreatU.
Depois de traçar um perfil – um pouco superficial e deturpado – da economia e da malha social do país, a especialista aponta os principais desafios que, na sua opinião, os empreendedores portugueses têm de ultrapassar para conquistar o mercado mundial.
A excessiva dependência de subsídios, a pesada política fiscal, a pouca capacidade para vender ideias e uma certa ingenuidade em termos do mercado e da competição são alguns dos desafios apontados por Barbara. A especialista avisa, sobretudo, que em termos de vendas de ideia, Portugal preocupa-se mais em explicar “o quê” do que o “porquê”, quando deveria ser ao contrário.
No entando, a professora afirma que, tal como a maior parte dos países europeus, Portugal percebeu que “o empreendedorismo é o caminho certo para sair da confusão económica em que se encontra”. Babs acrescenta que, tal como “dominou os mares e lançou as bases da navegação moderna, Portugal está agora a encarar o empreendedorismo como a mais recente e a mais potente ferramenta para navegar além da recessão”.
A professora elogia largamente a aposta do país na inovação e na tecnologia. “A maneira como apostam na ciência e tecnologia desde o liceu é impressionante”, sublinha. E acrescenta que uma nova atitude em termos de empreendedorismo – tal como a que está a ser promovida no programa da FCT – poderá dar ao país o protagonismo merecido, nos dois lados do atlântico.
“Portugal é, afinal, a costa ocidental da Europa. Será altura de lhe prestarmos atenção?”, conclui Barbara Carryer.
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[Notícia sugerida por Ana Tavares]