Os participantes de um dos grupos foram convidados a escrever sobre situações que os preocupavam, durante 20 minutos, ao longo de três dias. O outro grupo escreveu, durante o mesmo período de tempo, sobre questões práticas do dia-a-dia relacionadas com a sua agenda e gestão de tempo.
Após este exercício, a equipa de investigação provocou (sob anestesia) pequenas feridas nos braços dos participantes que foram monitorizados, através de fotografias, ao longo de 21 dias. A equipa liderada pela psicóloga e professora Elizabeth Broadbent também monitorizou o nível de stress, sintomas depressivos e outros sintomas.
Onze dias depois dos ferimentos terem sido provocados, 76% dos participantes do grupo que tinha escrito sobre as suas emoções tinha sarado completamente as feridas, enquanto que no outro grupo apenas 42% dos participantes tinha sarado os ferimentos.
Os dados indicam também que os participantes que se curaram mais rápido, tinham dormido mais horas, na semana do exercício, o que indica que escrever pode ter promovido um sono mais repousante.
Quanto aos níveis de stress e depressão, a equipa não registou grandes diferenças entre os dois grupos, mas a investigadora Elizabeth Broadbent admitiu, em declarações à revista norte-americana Time, que o principal foco do estudo não era esse pelo que o questionário provavelmente não mediu de forma precisa estes parâmetros.
O estudo conclui, assim, que exprimir, de forma escrita, emoções e sentimentos em relação a um determinado evento traumatizante pode ajudar, não só, a ultrapassar as feridas emocionais mas também a saúde física em geral, ao provar que escrever reduz para quase metade o tempo de cura de feridas físicas.
Clique AQUI para ler o resumo do estudo que foi publicado em Julho no jornal Psychosomatic Medicine.