Todas as escolas do 1.º ciclo de S. João da Madeira vão passar a oferecer às crianças aulas de Mandarim. O idioma dominante na China vai ser introduzido no currículo escolar local com o objetivo de antecipar futuros contactos comerciais.
Todas as escolas do 1.º ciclo de S. João da Madeira vão passar a oferecer às crianças aulas de Mandarim. O idioma dominante na China vai ser introduzido no currículo escolar local com o objetivo de antecipar futuros contactos comerciais com “o maior mercado da Humanidade”.
A introdução nas escolas locais desta língua foi aprovada esta terça-feira durante uma reunião camarária e terá início a partir de 2013, quando todos os alunos do 3.º ano de escolaridade passarão a frequentar uma aula de iniciação ao Mandarim, que terá continuidade no 4.º ano no arranque, em Setembro, do próximo ano letivo.
Além disso, o executivo local vai ainda enviar ao Ministério da Educação um pedido para que numa das escolas da cidade possam funcionar turmas bilingues de Português/Mandarim, com ensino contínuo desde o 1.º ao 12.º ano.
De acordo com o presidente da câmara de S. João da Madeira, Castro Almeida, esta é uma resolução “de grande alcance para o futuro”, porque adequa o ensino local à evidente emergência da China. “Para uma terra com tantas empresas exportadoras como S. João da Madeira, as relações com a China nas próximas décadas serão absolutamente vitais”, salienta, citado pela agência Lusa.
O autarca defende que “saber falar a língua dos empresários chineses será um factor competitivo muito importante para se vender para aquele que já é o maior mercado da humanidade – e que continuará a crescer no futuro”, garantindo que as empresas locais vão beneficiar desta aposta que, dentro de 12 a 12 anos, lhes permitirá ter na cidade “200 a 300 pessoas” a falar Mandarim com fluência.
Segundo Castro Almeida, “isso conferirá um potencial imenso” às empresas de S. João da Madeira “e o tempo irá provar a importância” do programa que está agora a ser lançado.
Universidade de Aveiro coordenará aulas de Mandarim
A coordenação científica e pedagógica do ensino de Mandarim na rede escolar pública da cidade vai estar a cargo da Universidade de Aveiro, por meio do seu departamento de Línguas e Culturas.
O autarca adianta que, nos 3.º e 4.º anos, a instituição universitária vai “fornecer todos os professores, maioritariamente nativos”. A partir do 5.º, e enquanto não se concretizar o projeto pendente da aprovação do Governo, o Mandarim estará disponível apenas no Instituto de Línguas da cidade e os alunos que desejem prosseguir os seus estudos terão uma comparticipação de custos feita oferecida pelo município.
Caso o Ministério da Educação autorize a criação de “turmas bilíngues” numa das escolas da cidade, o modelo pedagógico a seguir será “o dos melhores colégios privados em Portugal com ensino em duas línguas, como o Colégio Alemão, o Liceu Francês ou a St. Julian's School”, garante.
Castro Almeida assegura ainda que a câmara estará “disponível para assumir todos os sobrecustos que possam advir do ensino bilíngue”, mas diz acreditar que o Governo reconhecerá o “interesse do projeto”, assumindo, como tal, parte da despesa.