deslocar-se-á de forma gratuita a todas as escolas de Ensino Regular,
Ensino Especial e Instituições/ATL que solicitarem junto da EPI –
Associação Portuguesa de Familiares, Amigos e Pessoas com Epilepsia, a
presença da equipa Escola Amiga para falar sobre a doença.
O objetivo é ajudar as muitas crianças e jovens diagnosticadas com epilepsia em Portugal e minimizar o impacto negativo que a doença possa acarretar na aprendizagem e integração académica do aluno.
Esta iniciativa, inédita a nível europeu, surgiu pelas dificuldades reais enfrentadas por pais e familiares de crianças com epilepsia na procura de uma escola onde os seus filhos possam estar integrados e lhes seja dada a resposta adequada face a ocorrência de uma crise epiléptica.
Para Nelson Ruão, Presidente da EPI, “a sensibilização para a epilepsia no contexto escolar revela-se especialmente importante pois é na escola que as crianças passam a maior parte do tempo e desenvolvem as suas competências psicossociais.”.
Muitas crianças com epilepsia não revelam dificuldades no desenvolvimento psicossocial e cognitivo, mas alguns estudos referem que a patologia pode estar associada a problemas de comportamento e aprendizagem. Estas dificuldades são frequentemente ampliadas pelo preconceito e pelo estigma que derivam do desconhecimento sobre a doença e do desconforto perante as crises epilépticas.
Em Portugal existem cerca de 50 mil pessoas com epilepsia. Anualmente surgem 4 mil novos casos, na sua maioria crianças e adolescentes. Esta é uma doença que tem como ponto de partida uma perturbação do funcionamento do cérebro, devido a uma descarga anormal de alguns ou quase da totalidade das células cerebrais.