A equipa de cientistas da ESA reuniu os registos de cerca de 15 meses da missão do telescópio Planck e criou uma representação da radiação cósmica de fundo (CMB, sigla inglesa), a luz mais antiga do nosso Universo, com 13,7 mil milhões de anos.
Assim, o Planck indica que a velocidade de expensão do universo é, afinal, menor e que a sua idade será cerca de 80 milhões de anos superior ao que se pensava, ou seja, 13.82 mil milhões de anos.
O projeto da Agência Espacial Europeia vem reforçar a teoria cosmológica de que a explosão do Bing Bang terá dado origem ao Universo. No entanto, a vastidão de informação contemplada na imagem do Planck deixou a descoberto alguns detalhes “inesperados” que vão ter de ser mais estudados para que possam ser compreendidos.
O telescópio europeu foi construído para mapear este tipo de variações de temperatura nos céus, “com uma resolução e um detalhe sensibilidade que nunca tinha sido alcançado”. O estudo das imagens captadas pelo Planck vai permitir aos cientistas determinar a composição e evolução do Universo, “desde o seu nascimento à presente data”.
O congelamento da CMB no céu permitiu à ESA criar o mapa da infância do Universo, quando este tinha “apenas” 380 mil anos. “Como o Universo se expandiu, o sinal da CMB alongou-se para comprimentos de onda na banda das microondas, equivalente a uma temperatura de apenas 2,7 graus acima do zero absoluto”, explica a agência europeia.
A resolução e sensibilidade do telescópio Planck permitiram obter com sucesso uma imagem inédita dos primórdios do Universo. As missões de exploração da CMB, para tentar entender a formação do universo que nos rodeia, foram iniciadas há cerca de 24 anos, com as primeiras missões a serem desenvolvidas pela NASA.
A agência espacial norte-americana lançou-se na primeira missão de estudo da CMB em 1989, com a colocação em órbita do satélite COBE – Explorador da Radiação de Fundo. Com este avanço, a NASA confirmou a existência das oscilações de temperatura no espaço estelar.
Em 2001, os investigadores dos Estados Unidos da América lançaram a segunda geração da Sonda Anisotropia de Microondas Wilkinson para estudar as flutuações da radiação cósmica com um maior nível de detalhe.
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