Quem a encontrou foram os militares da GNR local, que decidiu proceder à recolha do animal. “Ela andava no meio da estrada, pelo que achámos por bem tomar providências no sentido de recolher o animal uma vez que podia, até, dar origem a algum acidente”, explica o Cabo Morais da GNR de Rebordelo, à SIC.
Depois de entregue à entidade responsável pela recolha de animais, foi desde logo verificado se a cadela de raça sabuesa possuía microchip, como forma de identificar o dono a que pertencia.
“Verificámos que cão não estava registado na base de dados nacional, pelo que, como somos um município de fronteira, pensámos que o cão podia ter vindo de Espanha”, explica o veterinário municipal, Duarte Lopes.
Como não existe uma base de dados comum aos dois países, o veterinário de Vinhais pediu ajuda a um colega veterinário espanhol de uma localidade fronteiriça e os dois rapidamente identificaram o dono.
“Na altura ele ainda percorreu muitos quilómetros à procura da cadela, passou muito tempo à procura dela, pelo que foi com enorme surpresa que, ao fim de oito anos, soube que a cadela ainda estava viva”, diz o veterinário.
Assim que soube da boa notícia, o antigo dono da cadela viajou rapidamente até Vinhais onde se deu o reencontro.
“Assim que o dono a chamou pelo nome, a cadela prontamente correu para ele. Foi um encontro de afetos”, conta Duarte Lopes.
Trata-se de um caso insólito e difícil de explicar, sendo a justificação mais provável a de que, durante os oito anos em que esteve desaparecida, a cadela tenha sido acolhida por outra pessoa.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Bruno Melo]