Uma empresa portuguesa vai aproveitar os desperdícios dos lagares de azeite transformando-os em produtos combustíveis com fins industriais.
Uma empresa portuguesa vai aproveitar os desperdícios dos lagares de azeite transformando-os em produtos combustíveis com fins industriais. O projeto, apoiado pela União Europeia, já está em fase de conclusão e deverá começar a produzir já em 2012.
A fábrica, que se encontra no processo final de construção, vai transformar as sobras da produção de azeite – nomeadamente bagaços de azeitona – em combustíveis destinados a utilizadores industriais. Prevê-se, assim, a produção de cerca de 50 mil toneladas dum produto granulado e combustível destinado à produção de calor.
Foram investidos cerca de seis milhões de euros para a realização deste projeto, com uma comparticipação de 75% pelo Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN). Aliás, a iniciativa é vista como um “projeto âncora” ao nível dos Programas de Valorização Económica de Recursos Endógenos (PROVERE), no qual assenta o programa InovaRural.
Ao lado desta fábrica vai ser instalada uma outra unidade que vai produzir energia elétrica a partir de biomassa proveniente de florestas de toda a região. Esta unidade que com mais 4,5 milhões de euros de investimento.
“Esta unidade liga a produção de energia elétrica com atividades produtivas ligadas do setor primário sendo este um verdadeiro conceito de sustentabilidade: a energia ao serviço da sociedade”, sublinha Pedro Centeno, sócio-gerente da Tira-Chuva e responsável pelo projeto, à Lusa.
Os responsáveis da câmara de Mogadouro vêem este projeto de forma positiva, pois pode trazer vantagens a nível económico e social para o concelho e região do Mogadouro.
“Este é um dos maiores investimentos privados feitos no concelho de Mogadouro, ao qual lhe são acrescidas algumas vantagens como a resolução dos problemas ambientais provocado pelos lagares de azeite”, conclui António Pimentel, vereador do Comércio e Industria da autarquia de Mogadouro, à Lusa.
Prevê-se que a produção de combustível comece já no segundo trimestre de 2012, com o sócio-gerente a depositar grandes esperanças no mercado externo.