O centenário elétrico de Sintra, uma imagem da identidade da vila, vai voltar a circular a partir de 3 de Agosto, depois de a Câmara Municipal ter investido 150 mil euros na sua requalificação.
O centenário elétrico de Sintra, uma imagem da identidade da vila, vai voltar a circular a partir de 3 de Agosto, depois de a Câmara Municipal ter investido 150 mil euros na reposição de cabos e na requalificação da linha.
O trajeto entre Sintra e a Praia das Maçãs, destinado a ligar a serra ao mar, estava encerrado desde Outubro passado devido à queda de uma árvore sobre a linha e ao roubo de um quilómetro dos cabos de cobre que fornecem energia ao veículo.
Em declarações à Lusa, Marco Almeida, vice-presidente da câmara de Sintra, avançou que as obras de reposição dos cabos e de manutenção da linha já estão concluídas e, dentro de uma semana, o elétrico estará pronto para retomar o percurso.
Segundo o responsável, a autarquia tem recebido “muitas reclamações” por parte de “munícipes, de residentes na Área Metropolitana de Lisboa e de turistas que gostavam de fazer aquele circuito”, o que motivou o investimento na sua recuperação.
Marco Almeida desvendou ainda que está a ser ponderada a instalação de um circuito de videovigilância na linha de forma a prevenir futuros roubos de cobre e está também a ser analisada a melhoria da segurança e o reforço da vigilância do espaço onde os elétricos estacionam, para evitar o furto de peças metálicas como os puxadores das portas.
“Estamos a avaliar com os funcionários da câmara que nos fizeram um conjunto de sugestões para melhorarmos as questões da segurança e do reforço da vigilância do espaço onde os elétricos estacionam”, adiantou.
Inaugurado em 1904, o elétrico é, atualmente, um dos ex-líbris turísticos da vila, fazendo um percurso de 12 quilómetros até à Praia das Maçãs, com passagem por Colares, Galamares e pela Serra de Sintra.
A ideia da criação desta ligação surgiu em 1886 mas só foi concretizada no início do século seguinte, depois de, em 1903, terem sido adquiridos 13 elétricos a uma empresa americana de Filadélfia.
Em 2008, a circulação esteve interrompida durante vários meses por razões de segurança devido a fortes chuvas que provocaram deslizamentos de terra para a via-férrea. O ano passado voltou a ser suspensa por danos na rede aérea que fornece eletricidade ao veículo, também resultantes do mau tempo.
[Notícia sugerida por Elsa Martins]