Nick Marx, diretor do centro de resgate responsável pela recuperação do elefante, tornou-se, desde que o animal foi encontrado na selva, sozinho e muito magoado, presença constante no seu quotidiano. Orgulhoso dos progressos de Chhouk, Marx contou ao GlobalAnimal.org que pensou “que ele não conseguisse sobreviver”.
Depois de ser descoberto, o elefante bebé foi entregue aos cuidados do Phnom Tamao Wildlife Rescue Center, organização governamental, e gradualmente tratado. Marx nunca saiu do seu lado. “Estive sempre perto dele, dormi ao lado dele e alimentei-o diariamente com as minhas próprias mãos”, conta.
Quando o animal começou a melhorar, Nick Marx conseguiu o apoio de profissionais de uma faculdade do Cambodja, especializada em próteses e ortopedia e com vasta experiência no tratamento de doentes que sofreram acidentes de guerra ou com minas, que se disponibilizaram a fazer parte de um grande desafio: construir uma pata artificial.
A protése, feita de uma espécie de resina plástica, com um interior macio e um exterior muito resistente, permitiu-lhe voltar a andar. Entretanto, já precisou de ser reformulada quatro vezes, dado o crescimento rápido do elefante.
“A nova pata mudou a vida dele”, confessa Nick Marx, acrescentando que Chhouk passou de “um dorminhoco cansado a um elefante cheio de vivacidade e energia, que nunca está parado”.
Embora não possa regressar à selva, o elefante tem agora pela frente uma vida com qualidade no centro de resgate, onde se tornou uma inspiração e onde a sua história serve de alerta para os perigos a que estão sujeitos os animais selvagens daquela região asiática.
Não é a primeira vez que um elefante recebe uma prótese para recuperar a capacidade de caminhar. Em 2010, na Tailândia, dois animais foram tratados por um hospital de elefantes que lhes devolveu a locomoção.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]