O empresário – que já integrou uma comissão internacional para analisar as políticas mundiais da droga – defende que o mercado das drogas leves, no Reino Unido, deve ser regulado e que a responsabilidade de combate ao consumo destas substâncias deve ser transferida do Ministério Público para o Ministério da Saúde, tal como aconteceu em Portugal.
O líder do grupo Virgin considera que o dinheiro – mais de 200 milhões de libras – e o tempo que as autoridades policiais britânicas perdem, todos os anos, na detenção e na aplicação de sentenças a mais de 70 mil jovens consumidores seria melhor aplicado na perseguição dos verdadeiros traficantes.
Branson, que admitiu já ter fumado cannabis, sublinhou o exemplo de Portugal onde, nos últimos 10 anos, ninguém foi detido por consumo ou posse de droga, acrescentando que Portugal foi o único país ocidental a descriminalizar todas as drogas, leves e duras.
O multimilionário elogiou ainda a aposta do país no tratamento em detrimento da criminalização, o que resultou, afirma, numa redução de cerca de 50% do consumo de heroína e de mortes relacionadas com esta droga.
A política de descriminalização da posse e consumo de drogas aplicada em Portugal tem sido alvo de inúmeros elogios no estrangeiro. Esta política tem mesmo vindo a ser estudada e defendida por alguns especialistas como Alex Stevens, um professor da Universidade de Kent, EUA. Também a revista Forbes defendeu esta política num extenso artigo publicado em Julho de 2011.
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[Notícia sugerida por Vítor Fernandes]