Em comunicado enviado à Lusa e à Agência Ecclesia, o grupo de sacerdotes daquela região apela ao Ministério da Agricultura para que promova uma “melhor e mais eficaz administração” das adegas cooperativas e dos pequenos produtores.
De acordo com os sacerdotes envolvidos, o cultivo das vinhas é “cada vez mais caro”, sendo que os viticultores não têm outra alternativa para viver. Os párocos chamam a atenção de que o turismo, por si só, “contribui muito pouco ou quase nada para a melhoria económica da gente do Douro”.
Os párocos da diocese – sediada 400 km a norte de Lisboa – defendem que o Estado “não pode ser um mero espectador na livre competição entre grandes e pequenos”, devendo “não só ser árbitro, mas também intervir por si ou por meio de instituições intermédias, apoiando os mais fracos e desprotegidos”.
Os principais pontos e questões do documento enviado ao ministério, que sugere um “Programa de Saneamento Financeiro das Adegas em crise”, são os seguintes:
– Se não se resolver o problema da produção e comercialização do vinho, que será das pessoas da região?
– Que futuro para as pessoas? A emigração? Uma ainda maior desertificação do interior do país?
– Não poderá o Ministério da Agricultura intervir, sugerindo, aconselhando e até impondo medidas para melhor e mais eficaz administração das mesmas?