por Andreia Duarte
Pastéis de Tentúgal, toucinho-do-céu e queijadinhas de Sintra são algumas das especialidades que estão a conquistar o Rio de Janeiro graças à chegada da Arte Conventual, empresa criada de raiz, no Brasil, pelos portugueses Rodrigo Castelão e Luís Santos, em conjunto com o brasileiro Adailto Fonseca, que comercializam em grande escala para hotéis, restauração e eventos.
Os sócios da Arte Conventual – Rodrigo Castelão, Adaílton Fonseca e Luís Santos
Apesar da variedade de doces que esta confeitaria produz, Rodrigo Castelão conta ao Boas Notícias que “o produto recordista de vendas tem sido o pastel de nata” e que, ainda em fase de experimentação, também o pastel de bacalhau está a dar sinais de grande sucesso.
Apesar das receitas serem portuguesas, Rodrigo explica que, por enquanto, “os produtos são fabricados com matéria-prima brasileira”, mas salienta que “já existe um projeto em estudo para fabricá-los com matérias-primas portuguesas”.
Vertente social e formação
Esta confeitaria tem ainda a particularidade de se localizar numa das mais conhecidas favelas do Brasil, o Complexo Alemão, facto que orgulha os empresários pela sua vertente social “já que toda a mão-de-obra é recrutada na comunidade”.
A verdade é que a Arte Conventual está realmente a dar provas do seu sucesso e, para dar resposta às exigências de mercado, os sócios vão construir um novo espaço, mais alargado, no centro do Rio de Janeiro, que deverá abrir ainda este ano.
No entanto, seguindo a lógica de valorização social em que se inserem desde o início, os criadores do projeto preveem manter as instalações atuais, com o desenvolvimento de um projeto de formação para jovens daquela comunidade.
Apesar de terem uma experiência profissional de cerca de 15 anos, estes três profissionais da hotelaria, que já ocuparam cargos de gestão e de direção no Grupo Pestana, admitem que a aposta na confeitaria exigiu um grande estudo de mercado até perceberem exatamente o que queriam para o negócio.
Sem qualquer tipo de apoio crédito financeiro, estes três profissionais investiram o seu próprio capital e contam já com uma equipa de dez colaboradores. Apesar do sucesso que tem tido, a marca não pretende, por enquanto, vir para Portugal. Contudo, quem visitar o Brasil, pode agora ficar mais perto do doce e típico paladar nacional.
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