Após o encerramento da Fábrica de Palitos e Biscoitos do Marquês, em Oeiras, há mais de 20 anos, um ex-informático impulsionou a retoma na produção de alguns produtos de bolaria típica do século XVIII, como os Palitos do Marquês e os bolinhos de amên
Após o encerramento da Fábrica de Palitos e Biscoitos do Marquês, em Oeiras, há mais de 20 anos, um ex-informático impulsionou a retoma na produção de alguns produtos de bolaria típica do século XVIII, como os Palitos do Marquês e os bolinhos de amêndoa.É numa casa de queijadas de Oeiras que a doçaria secular renasce, nos dias de hoje. Os proprietários e irmãos Carlos e Rui Malato apostaram na comercialização desses bolos após terem conhecido uma “senhora ligada aos últimos produtores de palitos”, que lhes transmitiu uma receita com cerca de 250 anos.
“Durante o tempo que passou no Reino Unido, o Marquês habituou-se a algumas mordomias que tinha enquanto cônsul, nomeadamente aos biscoitos das naus. Eram assim conhecidos porque tinham uma grande durabilidade e eram enviados nos navios britânicos como suplemento alimentar aos marinheiros”, contou Carlos Malato à agência Lusa.
“Quando o Marquês cai, os cozinheiros que trabalhavam no Palácio ficam sem trabalho, mas quando chegam a casa, os doceiros resolvem transformar aquilo que sabiam fazer num negócio e começam a fazer Palitos”, descreve o confeiteiro.
Além da produção destes doces tradicionais, a propriedade dos irmãos Malato encarrega-se também do fabrico de quatro novas iguarias, todos os anos, desde 2006.
Da lista de bolos e doces produzidos pela Casa das Queijadas de Oeiras existem queijadas de amêndoa, noz, côco, queijo flamengo (rainha D. Amélia), além de bolos de chocolate (bolo Obama) e doces de açucar, como os suspiros.
[Notícia sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]