Seguir uma dieta saudável na meia-idade pode prevenir o desenvolvimento de demências. A conclusão é de uma investigação desenvolvida numa universidade finlandesa.
Seguir uma dieta saudável na meia-idade pode prevenir o desenvolvimento de demências. A conclusão é de uma investigação conduzida por uma universidade finlandesa e que é a primeira a nível mundial a analisar a relação entre uma boa alimentação a partir dos 50 anos e o risco de vir a sofrer de doenças neurodegenerativas numa fase mais avançada da vida.
O estudo, realizado na Universidade da Finlândia Oriental, avaliou a associação entre a dieta e a demência com recurso a um 'índice' de alimentação saudável baseado na ingestão de determinados tipos de alimentos em 2.000 pessoas que tinham, no início da investigação, idades entre os 39 e os 64 anos.
Os vegetais, as bagas, as frutas, o peixe e as gorduras insaturadas foram consideradas as melhores opções para a saúde, ao passo que salsichas, ovos, doces, bebidas açúcaradas e gorduras saturadas foram incluídos no grupo das escolhas alimentares mais prejudiciais, revela um comunicado daquela instituição universitária.
A equipa constatou que que aqueles que, aos 50, seguiam uma alimentação mais saudável tinham um risco 90% inferior ao dos que faziam uma má alimentação de desenvolver demência nos 14 anos seguintes e concluiu, também, que o elevado consumo de gorduras saturadas aparecia associado a uma capacidade cognitiva mais reduzida e a um maior risco de sofrer de doenças neurodegenerativas.
“Visto que ninguém come apenas um alimento e que há interações entre nutrientes, faz sentido olhar para a dieta como um todo”, afirma Marjo Eskelinen, coordenadora do estudo, que foi desenvolvido no âmbito da sua tese de doutoramento em neurologia e que provou, também, que o consumo de três a cinco chávenas de café por dia contribui, igualmente, para reduzir o risco de demência.
De acordo com a cientista, cuja investigação foi publicada na revista científica Dementia and Geriatric Cognitive Disorders, “mesmo aqueles que têm maior suscetibilidade [de desenvolver demências] por questões genéticas podem, pelo menos, atrasar o aparecimento da doença ao consumir mais peixes gordos e ao escolher óleos vegetais para cozinhar”.
Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).