A data assinala-se esta segunda-feira e este ano a liberdade de informação é o principal tema de debate. Por isso, a diretora geral da UNESCO, Irina Bokova pediu na sua mensagem anual um minuto de silêncio em homenagem a todos os jornalistas que morr
A data assinala-se esta segunda-feira e este ano a liberdade de informação é o principal tema de debate. Por isso, a diretora geral da UNESCO, Irina Bokova pediu na sua mensagem anual um minuto de silêncio em homenagem a todos os jornalistas que morreram no exercício da sua profissão. Em Portugal, o Sindicato dos Jornalistas (SJ) alerta para a importância da informação como um bem público.“O direito de saber é fundamental para a defesa de outros direitos fundamentais, para promover a transparência, justiça e desenvolvimento”, refere Irina Bokova, citada pela agência Lusa. A liberdade de imprensa e a liberdade de expressão “reforçam a democracia”, acrescentou ainda a diretora geral da UNESCO.
Em Portugal, a comemoração do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa não podia ser mais oportuna: com o desenrolar do processo Face Oculta, nunca a questão das pressões governamentais entre os meios de comunicação social foi tão discutida no nosso país, desde a época do regime ditatorial, abolido em 1974.
Apesar de reconhecer as “novas possibilidades técnicas e tecnológicas abertas no campo da comunicação social”, O SJ relembra que, mesmo assim, “os resultados não traduzem uma correspondente melhoria em termos de resposta adequada às reais expectativas e necessidades dos cidadãos e ao seu direito a uma informação realmente diversificada e plural”.
O SJ aponta a “concentração da propriedade dos meios comunicação social” e a “obsessiva redução de custos e a maximização do lucro” como principais causas do problema, cujas consequências atingem diretamente os jornalistas e a qualidade e diversidade da informação oferecida aos cidadãos – o agravamento da precariedade, o desemprego, o confisco dos direitos de autor dos jornalistas e o ataque a direitos fundamentais destes profissionais.