Goran Hadzic foi detido na região de Fruska Gora, a 100 km de Belgrado, anunciou o presidente sérvio, Boris Tadic. “Desta maneira, a Sérvia encerra o capítulo mais difícil na cooperação com o Tribunal de Haia”, sublinhou o presidente em declarações à AFP.
O ex-líder da extinta República sérvia de Krajina, durante a guerra de 1991/95, foi transferido para o Tribunal Penal Internacional de Haia, depois de ter sido interrogado no tribunal especial sérvio para os crimes de guerra, de acordo informação do advogado de Hadzic, Toma Fila, à AFP.
O juiz O-Gon Kwon, presidente interino do TPI, disse à AFP que “ a sua pisão constitui um acontecimento memorável”.
A detenção
Sobre a detenção do general surgiram várias notícias. Segundo a rede de televisão RTS, Hadzic, terá sido preso no mosteiro ortodoxo de Krusedol. Já a agência Beta avança que a detenção ocorreu na povoação de Krusedol, próximo do mosteiro.
O TPI acusa Goran Hadzic, de 14 crimes, entre eles crimes contra a humanidade. Hadzic é acusado de envolvimento em assassinatos de centenas de civis croatas, da deportação de milhares de croatas e de outros não sérvios durante a guerra da Croácia, no período de 1991-1995.