Esta floresta milenar da Mongólia Interior remete-nos para o Período Permiano, em que os continentes ainda estavam todos ligados entre si (a Pangeia). No total foram investigados 1.000 m2 da camada de cinzas, em três locais próximos, e descobertos seis grupos de árvores, um dos quais já extinto – o Noeggerathiales.
Segundo a equipa de cientistas, a floresta ficou preservada graças à cinza de um vulcão. A cinza vulcânica terá caído durante vários dias, acabando por proteger e esconder a flora.
Herman Pfefferkorn, líder da equipa de cientistas e professor da Universidade da Pennsylvania, equipara este caso à cidade romana Pompeia que considera ser uma “cápsula do tempo”.
Pfefferkorn refere, em comunicado, que a floresta “está maravilhosamente preservada”, sendo possível “encontrar um ramo com as folhas presas e depois encontrar o ramo seguinte e outro e mais outro. É realmente emocionante”.
Floresta permite entender as variações climáticas do Presente
A equipa de cientistas está agora a reconstruir a “primeira floresta na Ásia”, o que possibilitará compreender melhor a ecologia e o clima duma época em que ainda não existiam flores. Isto porque o clima do Período Permiano é comparável ao de hoje, o que permite entender as variações climáticas atuais.
O estudo foi financiado pela Academia Chinesa de Ciências, pelo Programa Nacional de Pesquisa Básica da China, pela Fundação Nacional de Ciência Natural da China e pela Universidade da Pennsylvania.
Clique AQUI para aceder ao estudo na revista Proceedings of the Natural Academy of Sciences e AQUI para aceder ao comunicado de imprensa da Universidade da Pennsylvania.
[Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes]