De acordo com os investigadores, estes buracos negros poderão ser os restos de galáxias muito brilhantes – denominadas quasares – que constituíam a “população” do Universo na sua juventude.
“Os buracos negros que descobrimos são semelhantes aos quasares jovens e podem ser a ligação que faltava entre os quasares e os buracos negros que conseguimos detetar atualmente”, explicou Chung-Pei Ma, um dos especialistas envolvidos na pesquisa.
Segundo Ma, é precisamente esta a grande importância do achado. “Esta descoberta pode abrir caminho à compreensão do modo como os buracos negros e as galáxias envolventes têm vindo a alimentar-se mutuamente desde o início do Universo”, acrescentou o astrónomo.
Os buracos negros são concentrações densas de matéria capaz de produzir campos gravitacionais tão fortes que mesmo a luz é incapaz de lhes escapar.
Os astrónomos acreditam que a maioria das galáxias, se não a totalidade, terão um buraco negro massivo no centro. Os maiores encontram-se em galáxias elípticas, provavelmente em consequência da fusão entre duas galáxias espirais.
Os resultados do estudo, anunciados pelo site oficial da Universidade de Berkeley, serão publicados esta quinta-feira na revista científica Nature.