Foi descoberto nos Açores um recife de coral com cerca de 1.000 metros quadrados por dois investigadores que navegavam a bordo de um submarino a sul da ilha do Faial.
Foi descoberto nos Açores um recife de coral com cerca de 1.000 metros quadrados por dois investigadores que navegavam a bordo de um submarino a sul da ilha do Faial.
Construído e explorado pela Fundação Rebikoff-Niggeler, o submarino “Lula 1000” transportava consigo três tripulantes (dois investigadores da fundação, um deles o comandante do submarino, e a filha de 13 anos), que “foram surpreendidos com uma vasta extensão de corais amarelos no topo de uma colina submarina que estavam a explorar à saída do canal Faial-Pico”.
O anúncio foi feito pela relações-públicas da fundação, Aurora Ribeiro, que, em declarações à agência Lusa, contou que, para além da beleza daqueles corais, os mesmos ocupavam uma “impressionante” e vasta área, que se estendia muito para lá da zona iluminada pelos holofotes do submarino.
O mergulho deu-se a 5 de Agosto, tendo sido “amplamente documentado” através de fotografia e vídeo de alta definição. Segundo Aurora Ribeiro, esta foi a primeira vez que foram encontrados recifes de coral a tão baixa profundidade no mar dos Açores.
A existência deste recife de coral, a tão curta distância do Faial, era completamente desconhecida. Um grupo de investigadores da Universidade dos Açores já teve acesso às imagens captadas e confirmou “tratar-se efetivamente” de um recife formado pelo coral Dendropfyllia, a uma profundidade entre os 280 e os 300 metros.
Para a relações-públicas da Rebikoff-Niggeler, a descoberta desta estrutura natural é uma evidência do “pouco que ainda se conhece” sobre o mar profundo que rodeia a ilha dos Açores e do “papel fundamente e pioneiro” que a Fundação Rebikoff-Niggeler desempenha para o aumento desse conhecimento.
Criada em 1994 em homenagem à vida e obra de Ada e Dimitri Rebikoff, pioneiros no desenvolvimento de tecnologia subaquática, a Fundação Rebikoff-Niggler visa a documentação do mar profundo da mesma.
Para isso construiu dois submarinos, sendo que o mais recente – o “Lula 1000” – constitui um dos dez únicos submersíveis científicos do mundo capazes de descer a uma profundidade de 1.000 metros.
O “Lula 1000”, com 7,5 metros de comprimento e 2,65 de altura, está disponível para trabalhos de investigação e documentação desenvolvidos por instituições portuguesas e internacionais no mar dos Açores.
Notícia sugerida por Elsa Fonseca