Os CTT vão reenviar as cerca de 180 mil cartas escritas por crianças para destinatários como o Pai Natal, a Lapónia, o Pólo Norte ou a Fábrica dos Brinquedos, acompanhadas de um brinde.
Os CTT vão reenviar as cerca de 180 mil cartas escritas por crianças para destinatários como o Pai Natal, a Lapónia, o Pólo Norte ou a Fábrica dos Brinquedos, acompanhadas de um brinde.
A iniciativa já data dos anos 80 e tem como princípio o reenvio das cartas dirigidas ao Pai Natal para cada um dos remetentes, juntamente com “um jogo da Glória e uma carta assinada pelo Pai Natal”. Segundo João Abreu, responsável pelo projeto 'Pai Natal dos CTT', nesta altura do ano, a empresa de correios faz questão de assumir as funções de Pai Natal, garantindo “o transporte de todos as prendas”.
Também para assinalar a época, esta sexta-feira foi reservada para os filhos dos funcionários dos CTT que passaram o dia nos três grandes centros de produção e logística do país: em Cabo Ruivo (Lisboa), em Taveiro (Coimbra) e na Maia (Porto).
Em Coimbra, as paredes foram preenchidas por cartas adornadas com imagens dos brinquedos, desenhos e pequenas decorações. Ao mesmo tempo, as crianças iam fazendo gorros de Natal e pequenos brinquedos e ímanes de cariz natalício para o frigorífico.
Tomás, de dez anos, andou a montar um barco com cartolina, rolhas e molas. Não escreveu nenhuma carta porque acredita no Pai Natal só para a mãe lhe “dar as prendas”. Já Renato, da mesma idade, manda a carta todos os anos. Citado pela Lusa, o menino conta que “é uma tradição desde pequenino”, enquanto faz um íman natalício para o frigorífico.
Com apenas sete anos, António faz questão de mandar “sempre cartas”, porque “o Pai Natal cumpre sempre o que peço”. O ano passado, por exemplo, “pedi um carro dos bombeiros e ele deu-me”, revela o menino com os dedos cheios de cola seca, enquanto se concentra nos acabamentos do seu gorro que, uma vez terminado, exibe com orgulho.
As crianças vão ainda pintar, a lápis de cera, uma espécie de postal gigante, com o logótipo dos CTT, que ficará no centro de produção de Taveiro.
“Com a crise, é sempre bom dar este miminho, que nem precisa de ser algo material. O que interessa é o sorriso da criança”, contou Jorge Maymone, o Pai Natal de serviço, na central dos CTT de Coimbra.