Os tratadores do Zoo Paignton, em Devon, Inglaterra, estão a cuidar da cria de uma espécie rara de lóri que, à nascença, pesava pouco mais que um CD: 22 gramas. Depois de dar à luz dois gémeos, dos quais apenas um sobreviveu, a mãe rejeitou e abando
Os tratadores do Zoo Paignton, em Devon, Inglaterra, estão a cuidar da cria de uma espécie rara de lóri que, à nascença, pesava pouco mais que um CD: 22 gramas. Depois de dar à luz dois gémeos, dos quais apenas um sobreviveu, a mãe rejeitou e abandonou o pequeno animal, que corria risco de vida.
Por forma a salvar o recém-nascido, a equipa de tratadores interveio, resgatando-o e pondo-o inteiramente aos seus cuidados. Na primeira noite, o pequeno lóri dormiu inclusive nos escritórios do jardim do zoológico, onde foi cuidadosamente alimentado a cada duas horas.
Para que não falte nada à cria, a mesma conta com a atenção de sete tratadores, que se revezam entre si para a alimentar e tratar durante dia e noite. Por ser uma espécie noctívaga, o lóri-lento come mais durante a noite, pelo que esta altura do dia é aquela que exige mais cuidados e atenção. Como tal, ao fim do dia, este é transportado para casa dos tratadores numa incubadora.
Atualmente com um mês de idade, a cria já pesa cerca de 30 gramas e dorme agarrado a um peluche peludo da loja do Zoo. “É preciso ter muito cuidado para não injetar demasiado leite, por causa dos pulmões. Há que deixá-lo beber ao seu próprio ritmo”, explica Lewis Rowden, um dos tratadores, em comunicado. “Agora queremos começar a dar-lhe alguns alimentos sólidos como, por exemplo, pequenas quantidades de puré de batata”.
Em média, um lóri-lento adulto não chega aos 500 gramas, sendo uma espécie rara, considerada sob elevado risco de extinção na natureza segundo a União Internacional da Conservação da Natureza. A espécie é originária das florestas do sudeste asiático e a sua dieta é feita à base de insetos, frutas, lesmas e caracóis.
A Guerra do Vietname quase que extinguiu por completo esta espécie de lóris devido ao elevado número de florestas que foram arrasadas na altura. Hoje em dia, a desflorestação e a agricultura continuam a ser as principais ameaças.