O restaurante de cozinha portuguesa Alfama faz parte das sugestões Michelin para 2013, um dos mais prestigiados guias turísticos de todo o mundo.
O restaurante de cozinha portuguesa Alfama faz parte do guia Michelin de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América. O ambiente do estabelecimento e os seus petiscos, com especial destaque para o marisco, garantiram a sua presença entre a oferta turística da cidade para este ano.
Segundo o guia, os clientes “adoram o ambiente descontraído, mas elegante” do Alfama, sendo aconselhados a provar o frango grelhado com piri piri e o marisco, considerado “a estrela” do menu do chefe nacional Carlos Arriaga.
Entre um universo de mais de 20 mil restaurantes da cidade de Nova Iorque, o prestigiado guia Michelin destacou 896 estabelecimentos, com 61 cozinhas diferentes.
Miguel Jerónimo, proprietário do restaurante, explicou à agência Lusa que “é muito difícil ter uma boa crítica do Michelin”, afirmando que “os críticos do guia vieram anónimos, como clientes normais, e gostaram”.
Juntamente com o seu sócio Tarcísio Machado, Miguel Jerónimo refere que sempre teve um “desejo pela arte de bem receber, pela cozinha portuguesa”, e afirma que “em Manhattan quase não havia restaurantes portugueses” nos anos 90, época em que se mudou para a cidade.
O Alfama foi inaugurado em 1999 no bairro nova-iorquino de Greenwich Village e realizou o sonho dos fundadores de criar uma “embaixada gastronómica de Portugal em Nova Iorque”.
“Conseguimos criar uma clientela, que é o mais difícil em Nova Iorque, com portugueses, lusodescendentes, brasileiros e também muitos americanos que visitam Portugal e querem rever a comida”, explica Miguel Jerónimo.
Celebridades como o ator Al Pacino, a escritora J. K. Rowling, a cantora e pianista Nora Jones ou a cabo-verdiana Cesária Évora foram servidos pelo Alfama, antes de este fechar em 2009 após o senhorio duplicar a renda do estabelecimento.
Em Maio de 2011, os sócios reabriram a cozinha portuguesa na zona de Midtown, em Manhattan, com “95% de vinhos portugueses” na carta e atuações de fado nas noites de quarta-feira. Miguel Jerónimo explica que o género musical não é muitas vezes entendido pelos norte-americanos, mas que “vão perguntando e adoram”.
[Notícia sugerida por Raquel Baêta, Ana Oliveira e Vítor Fernandes]