A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã está a preparar-se para criar uma "incubadora social" destinada a apoiar projetos de autoemprego e dinamizar o centro histórico da cidade, uma ideia que deverá entrar em funcionamento já em Fevereiro.
A Santa Casa da Misericórdia da Covilhã está a preparar-se para criar uma “incubadora social” destinada a apoiar projetos de autoemprego e dinamizar o centro histórico da cidade, uma ideia que deverá entrar em funcionamento já em Fevereiro.
A intenção foi dada a conhecer esta quinta-feira à agência Lusa pelo provedor da instituição, Pedro Paiva. De acordo com o responsável, a nova incubadora social deverá ter um espaço físico disponibilizado no centro da cidade, no qual técnicos da Misericórdia vão ajudar a transformar ideias em emprego.
Segundo Pedro Paiva, estes técnicos vão prestar apoio aos munícipes no desenvolvimento de planos de negócio, financiamento, cumprimento de burocracias e angariação de mercado para que “cada vez mais pessoas possam criar o seu próprio posto de trabalho”, explicou.
O provedor da Misericórdia covilhanense disse esperar que esta medida sirva de incentivo à criação, na Covilhã, de profissões que têm vindo a desaparecer, “mas que o atual contexto de crise pode voltar a justificar”, como é o caso das costureiras, eletricistas ou outros artífices.
Além disso, o mesmo espaço vai servir para a Misericórdia efetuar venda direta de peças de artesanato criadas pelos utentes da instituição, idosos e crianças, como forma de financiar as atividades sociais.
Para Pedro Paiva, esta é uma forma de obter mais fundos num momento em que os constrangimentos ao financiamento obrigam as instituições sociais “a serem cada vez mais criativas”, tanto nas respostas que dão à sociedade, como na procura por fontes de receitas.
A apresentação desta ideia foi revelada pelo provedor da Misericórdia à margem de um seminário sobre oportunidades para a economia social na Estratégia Europa 2020 que se realizou no Parkurbis – Parque de Ciência e Tecnologia da Covilhã.
Este foi o terceiro de uma série de 12 seminários concebidos pela Associação Portuguesa de Gestão das Pessoas (APG) e que vão percorrer o país até 15 de Fevereiro.