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Cosmética: As alternativas aos testes em animais

Diversos animais - como coelhos, gatos, porquinhos-da-índia, ratos, entre outros - são regularmente utilizados numa variedade de testes de rotina feitos pela indústria cosmética. Mas hoje já há alternativas mais eficazes.
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Diversos animais – como coelhos, gatos, porquinhos-da-índia, ratos, entre outros – são regularmente utilizados numa variedade de testes de rotina feitos pela indústria cosmética. No entanto, a grande maioria dos testes são  desnecessários uma vez que já existem alternativas mais eficazes e que evitam a crueldade.

Por Patrícia Tai (da redação da ANDA)

Segue abaixo alguns dos tipos de testes mais comuns:

– Toxicidade de dose repetida
Este teste avalia se o uso repetido de uma substância é tóxica a longo prazo. Coelhos ou ratos são forçados a comer ou inalar um ingrediente cosmético, ou tê-lo esfregado na sua pele raspada, diariamente durante 28 a 90 dias. No final, são mortos.

– Toxicidade reprodutiva
O teste em questão avalia se o uso de uma substância pode ter efeitos na fertilidade, no comportamento sexual, no nascimento e no crescimento dos jovens. Coelhas e ratas grávidas são alimentadas à força com um ingrediente cosmético e, em seguida, mortas junto com os seus bebés ainda na barriga. Estes testes demoram muito tempo e utilizam milhares de animais.

– Toxicocinética
Avalia a forma como uma substância é absorvida, distribuída, metabolizada e excretada pelo organismo. Coelhos ou ratos são forçados a consumir um ingrediente antes de serem mortos, os seus corpos são dissecados em seguida e os seus órgãos examinados, para que seja visto como o ingrediente foi distribuído em seus corpos após a ingestão.

– Teste de sensibilização da pele
Este teste determina se uma substância tornará cada vez mais a pele inflamada e se produzirá coceira a cada vez que for usado. Um ingrediente de cosméticos é esfregado na pele raspada de cobaias e em orelhas de ratos para ver se eles têm uma reação alérgica. Em seguida, são mortos.

– Teste de carcinogenicidade
Um carcinógeno é uma substância que causa cancro ou aumenta a probabilidade de alguém desenvolver a doença. Para avaliar isso, os ratos são alimentados à força com um ingrediente cosmético por dois anos para ver se eles desenvolvem cancro, e depois disso, são mortos.

Embora os exemplos acima tenham mencionado a realização em certos animais, isso não restringe a aplicação sempre às mesmas espécies; onde se lê “ratos”, pode-se entender “coelhos”, ou “gatos”, por exemplo, pois o uso das espécies varia.
 
Quais são os métodos substitutivos?
É um facto – e a Ciência também tem reconhecido – que há métodos substitutivos, mais baratos e mais fiáveis do que os testes realizados em animais, muitos dos quais já estão a ser utilizados, por exemplo pela União Europeia que recentemente proibiu a importação e venda de produtos de cosmética testados em animais em território europeu.


Estes métodos modernos são mais relevantes para os seres humanos e verificou-se que eles têm melhor eficácia em prever reações do que os tradicionais e ultrapassados testes em animais.

– Pele artificial
Por exemplo, para avaliar o potencial de causar irritação na pele, podem ser utilizadas alternativas como a epiderme humana reconstituída. Os ensaios que utilizam pele humana doada de cirurgias plásticas provaram ser mais eficazes do que os cruéis testes em peles de coelhos.

– Testes ‘in vitro’
Modelos também existem e podem ser utilizados para substituir os experimentos para testar a irritação dos olhos nos animais. Os efeitos de sensibilização da pele podem ser previstos a partir do exame de proteínas “in vitro”, em um tubo de ensaio), e a fototoxicidade também pode ser avaliada com um teste baseado em células.

– Recorrer a ingredientes já testados
Além das alternativas acima, as empresas podem provar que os seus produtos são seguros, utilizando ingredientes já estabelecidos. Há, por exemplo, quase 20 mil ingredientes no banco de dados da União Europeia, com informações disponíveis sobre dados de segurança comprovados.

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Esta é uma notícia fornecida pela 
Agência de Notícias de Direito Animal, a parceira do Boas Notícias para assuntos relacionados com o mundo animal.

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