Até dia 23 de Dezembro quem passar pela Times Square vai poder entrar em contacto com algo bem português: a cortiça. Os quatro produtos distinguidos pela Wired vão estar na zona de 'lounge' de uma loja-exposição criada pela revista, ao lado de invenções como detetores de movimento para jogos de computador ou robôs para a limpeza doméstica.
Os produtos em causa são: uma mesa, duas cadeiras e um conjunto de bancos em cortiça. Foram distinguidos como quatro dos 15 produtos do ano dentro na categoria de “Eco e Eficiência”. Para a empresária da Corque, Ana Mestre, esta distinção “dá uma enorme visibilidade em termos de consumidor final”, cita a Lusa.
“A Wired é muito conhecida pela componente tecnológica, de inovação relacionada com a tecnologia, mas é interessante porque na pesquisa destes produtos, que quiseram nomear como produtos do ano, não descuraram a componente da sustentabilidade”, disse à Lusa a designer e empresária portuguesa de 33 anos, que esteve em Nova Iorque a preparar a exposição das peças de mobiliário.
“Penso que viram na Corque essa ligação entre processos tecnológicos que existem – e que olhando para as peças eventualmente passam despercebidos – integrado com a componente de sustentabilidade que tem a cortiça”, adiantou.
Corque esteve na semana de design de Nova Iorque, em Maio
Esta não é a primeira vez que a marca portuguesa é elogiada lá fora. Em Novembro o New York Times publicou um artigo sobre a Corque, além de vários dos seus produtos incluírem o catálogo das lojas do Museum of Modern Art de Nova Iorque. As peças foram ainda apresentadas durante a semana de design da cidade, em Maio.
A aposta no mercado externo é algo de grande relevância para a empresária portuguesa. “Da nossa experiência, vale mesmo a pena apostar nos mercados internacionais. Mas é preciso um esforço acrescido em equipas que são pequenas, como é o caso da nossa”, afirmou Ana Mestre à Lusa.
Além dos EUA, a Corque está também presente em Itália, Finlândia, Inglaterra e Japão. Durante a exposição em Times Square os consumidores vão poder usar livremente os produtos. Estima-se que 50 mil pessoas visitem a loja, todos os dias.
[Notícia sugerida por Teresa Teixeira e Elsa Martins]