Duas equipas formadas por estudantes e professores das áreas de Engenharia Informática e de Cibersegurança da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) do Politécnico de Leiria foram recentemente distinguidas com um segundo e terceiro lugar no concurso internacional “Open Source Digital Forensics Conference – OSDFcon 2018”, na categoria “Module Development Contest”, nos Estados Unidos da América. A competição consiste no desenvolvimento de módulos para o software Autopsy, uma aplicação de informática forense utilizada na deteção e obtenção de provas digitais que possam ser aplicadas em processos criminais.
Alexandre Frazão, recém-diplomado em Engenharia Informática, e o professor Patrício Domingues, da ESTG, conquistaram a segunda posição do pódio, com o módulo “FDRI – Face Detection and Recognition in Images”. Este módulo automatiza a deteção e reconhecimento facial nas perícias digitais forenses realizadas em dispositivos de armazenamento de dados (discos, cartões de memória, etc.), onde seja relevante averiguar se determinada pessoa consta das fotografias. Para o efeito, o FDRI recorre a algoritmos de aprendizagem profunda da área da inteligência artificial.
O terceiro prémio pertence à equipa de Luís Andrade e João Victor Silva, também recém-licenciados em Engenharia Informática, no âmbito do projeto final de curso, com o módulo “LFA – Log Forensics Analysis”. Este módulo para Autopsy processa os vários arquivos de registos de computadores com sistema operativo Windows. O objetivo é recolher dados que possam ser relevantes no âmbito de uma perícia digital forense. Este trabalho foi coordenado pelos professores Patrício Domingues e Miguel Frade, ambos da licenciatura em Engenharia Informática e do mestrado em Cibersegurança e Informática Forense do Politécnico de Leiria.
“Os prémios conquistados pela ESTG no concurso OSDFCon 2018 confirmam a boa prestação alcançada na edição de 2017, onde o Politécnico de Leiria também ocupou dois lugares no pódio. Os prémios refletem a aposta da instituição nas importantes áreas da cibersegurança e da informática forense, de que são exemplos o Laboratório em Cibersegurança e Informática Forense, a pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense, lecionada em colaboração com a Polícia Judiciária, e o mestrado em Cibersegurança e Informática Forense”, destaca Vítor Távora, coordenador do departamento de Engenharia Informática da ESTG do Politécnico de Leiria.
O professor Patrício Domingues é também investigador no Instituto de Telecomunicações, onde coordena o projeto de investigação “Automatic Detection of Faces for Digital Forensics”, onde o módulo premiado FDRI continua a ser melhorado por Alexandre Frazão, atual estudante do mestrado em Computação Móvel na ESTG. O professor Miguel Frade é o responsável pelo Laboratório de Cibersegurança e Informática Forense (LabCIF) e investigador do Centro de Investigação em Informática e Comunicações do Politécnico de Leiria, onde desenvolve projetos na área da perícia digital forense.
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