Consumir uma pequena porção de chocolate negro com regularidade pode permitir emagrecer mais facilmente do que, simplesmente, evitá-lo. A conclusão parte do estudo de uma equipa de investigadores da Universidade da California, em San Diego (UC San Diego), EUA.
O grupo, liderado por Beatrice Golomb, apresentou resultados que parecem contrariar uma das maiores objeções ao consumo regular de chocolate: o facto de este engordar.
Publicado esta semana na revista científica Archives of Internal Medicine, o artigo demonstrou que adultos que comem chocolate no dia-a-dia são, na verdade, geralmente mais magros do que aqueles que não têm este hábito.
Os cientistas partiram da hipótese de que o consumo de uma pequena quantidade de chocolate todos os dias pode acartar benefícios metabólicos que levem a que a transformação de gordura por caloria seja muito reduzida e que a energia consumida praticamente compense a do alimento ingerido.
Indivíduos analisados tinham hábitos alimentares semelhantes
Para comprovar esta ideia, os autores examinaram vários dados, nomeadamente a dieta, o peso e a altura, de cerca de 1000 homens e mulheres adultas, com uma média de idades de 57 anos, do estado de San Diego.
Os resultados revelaram-se ainda mais favoráveis do que o esperado: os cientistas descobriram que adultos que comiam chocolate mais dias por semana eram mais magros (tinham um índice de massa corporal mais baixo) do que aqueles que o faziam com menor frequência.
A relação entre o peso e o consumo de chocolate tornou-se mais claro tendo em conta que aqueles que consumiam o alimento com maior regularidade não ingeriam diariamente menos calorias – pelo contrário, até ingeriam mais – e que não faziam mais exercício do que os restantes participantes. Os cientistas não encontraram outras diferenças de comportamento entre os dois grupos que pudessem explicar o fenómeno, além da ingestão de chocolate.
“As nossas descobertas aparentam poder ser acrescentadas a uma série de informações que sugerem que a composição das calorias, não apenas o seu número, é importante para determinar o seu impacto no peso, referiu Beatrice Golomb em comunicado da UC San Diego.
“No caso do chocolate”, acrescentou a líder da equipa, “estas são boas notícias tanto para aqueles que têm o hábito de comer chocolate como para aqueles que desejam tê-lo”.
Pode consultar o artigo na Archives of Intern Medicine, AQUI.
[Notícia sugerida por Vítor Fernandes, Sofia Baptista e Raquel Baêta]