Embora surja de forma discreta, os pacientes com diabetes tipo 2 correm o risco de sofrer lesões em vários órgãos. Se não for tratada, a diabetes 2 pode mesmo causar morte precoce.
O sucesso da intervenção em pessoas obesas e diabéticas ronda os 97 por cento, garante o médico
Enquanto tratava os seus pacientes obesos, Carlo Ballesta, chefe da Unidade de Obesidade e Diabetes do Hospital Ruber Internacional, em Madrid, descobriu que a cirurgia de redução de apetite desenvolvida por si revertia também o problema da diabetes.
Ao contrário do 'bypass' gástrico tradicional, esta cirurgia, batizada de cirurgia metabólica, atua na zona do intestino que está colada ao colón que é onde atuam as hormonas que fazem o metabolismo da insulina. O sucesso da intervenção, garante o médico, ronda os 97 por cento.
“Os resultados da cirurgia implementada são extraordinários”, refere o médico ao jornal espanhol ABC. A intervenção é pouco invasiva, já que se realiza através de laparoscopia, e não deixa grandes cicatrizes no paciente, considerada, por isso, uma operação de baixo risco e o paciente tem alta nas 48 a 72 horas seguintes.
No entanto, esta cirurgia só deve ser aplicada em pacientes com excesso de peso. “Todas as pessoas que tenham um IMC superior a 35 ou que apresentem um excesso de peso à volta de 30 quilos e que sejam diabéticas, hipertensas ou que padecem de alguma doença relacionada com o excesso de peso, como por exemplo hérnias discais, são indicadas para esta cirurgia”, explica Carlo Ballesta.
Um caso de sucesso
Um exemplo que comprova o eficaz resultado desta cirurgia metabólica é o caso de Andrés Raya, a quem lhe foi diagnosticado Diabetes Mellitus tipo 2, aos 56 anos de idade. “Sentia-me muito cansado, como se tivesse vivido 100 vidas. Não tinha energia”, refere.
Foi, então, através de uma conversa com um familiar que Andrés descobriu que poderia ser operado a esta doença. Foi operado no dia 22 de Setembro de 2012, com 63 anos, e a partir daí a sua vida mudou. “Sou uma pessoas nova”, confessa ao ABC.
Atualmente, o médico Carlos Ballesta já operou mais de 3.000 pessoas com diabetes e todos os centros que realizam esta intervenção, em Espanha, recorrem às orientações definidas pelo cirurgião.
Notícia sugerida por Maria da Luz