Esta medida não é nova. Nos Estados Unidos, Canadá e Austrália a lei já prevê unicamente a comercialização de cigarros de propensão reduzida para a ignição (PRI). Também na Europa, a Finlândia aplica a medida desde Abril de 2011 e os resultados mostram que vale muito a pena. Até ao momento, estima-se que o número de vítimas de incêndios causados pelos cigarros diminuiu em 43%, ou seja, caso aplicada em toda a UE esta lei pode salvar 500 vidas por ano.
O comunicado divulgado por Bruxelas pretende que a partir de 17 de Novembro todos os cigarros vendidos na Europa cumpram as novas normas, sendo as autoridades nacionais aquelas que devem fazer cumprir a medida.
“Não existem cigarros seguros e, obviamente, o mais seguro é não fumar! Mas se as pessoas optam por fumar, então, as novas normas que estão prestes a entrar plenamente em vigor exigem que as tabaqueiras só produzam cigarros de propensão reduzida para a ignição, protegendo assim centenas de cidadãos deste perigo de incêndio”, explicou o Comissário da UE para a Saúde e os Consumidores, John Dali.
Estes novos cigarros possuem dois anéis de maior espessura em dois pontos do comprimento do cigarro. “Quando o cigarro é abandonado aceso, o tabaco em combustão deverá extinguir-se ao atingir um destes anéis mais espessos que restringem o fornecimento de ar/oxigénio”, informa o comunicado. Estes cigarros têm também um menor tempo de combustão, sendo mais reduzida a possibilidade de inflamar mobiliário, roupa de cama e outros materiais.
Esta medida insere-se na Diretiva sobre a segurança geral dos produtos, que pretende obrigar os produtores a comercializar só produtos seguros. Estima-se que, por ano, os cigarros sejam responsáveis por mais de 30 mil incêndios que causam mais de mil mortos e quatro mil feridos.