O estudo proposto em 2010 teve como objetivo a criação de um “filme inovador de terceira geração, com origem em matérias-primas biodegradáveis”. Segundo o site oficial do projeto, esta película pode ser adaptada a diferentes culturas agrícolas, “de forma a responder às necessidades ambientais, à redução de custos e à otimização de recursos” neste setor de atividade.
Ao longo dos dois primeiros anos, o grupo científico internacional realizou ensaios de campo em plantações portuguesas, espanholas e francesas. A freguesia de Benfica do Ribatejo, na cidade de Almeirim, foi escolhida para testar o plástico biodegradável em plantações de melão, pimento e morango.
© Agrobiofilm – O plástico biodegradável de composição natural é produzido a partir do amido de milho
O Agrobiofilm pretende “desenvolver uma solução alternativa” ao polietileno, o tipo de plástico mais comum e mais utilizado no mercado. A matéria-prima que dá origem à película biodegradável foi produzida em Itália, pela empresa Novamont, e é composto por amido de milho que “não sofre qualquer tipo de alteração a nível de DNA”.
Segundo o site do projeto internacional, este material é produzido sem recorrer “a qualquer organismo geneticamente modificado, pelo que o Agrobiofilm se apresenta certificado como GMO Free”, condição que indica que o produto é livre de transgénicos.
Os cientistas acreditam que este filme de origem natural vai ajudar o ambiente e os agricultores ao “reduzir ou eliminar totalmente o uso de herbicidas”, ao diminuir os custos com a utilização de plástico poluente e ao melhorar o “rendimento da cultura” e ainda o “controlo de pragas e doenças”.
O projeto internacional incluiu a participação da empresa portuguesa Silvex, que coordenou o trabalho, do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa e de centros de investigação de Espanha, França, Noruega e Dinamarca.
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Notícia sugerida por Patrícia Guedes