Uma equipa de cientistas do laboratório Los Alamos (EUA) anunciou, em Fevereiro, a descoberta de iões de oxigénio molecular (O2+) numa das 62 luas de Saturno. A novidade aumenta a probabilidade de que se encontrar vida fora da Terra.
A presença de oxigénio na lua Dione foi detetada durante uma missão da sonda da Nasa Cassini, em 2010, mas só agora a confirmação da análise foi divulgada num estudo coordenado pelos cientistas Robert Tokar e Michelle Thomsen.
Esta lua orbita Saturno praticamente à mesma distância que a “nossa” lua anda em torno da Terra, no entanto tem um tamanho muito menor e está coberta de gelo. Os cientistas acreditam que o oxigénio se origina devido a fotões solares ou partículas de energia que chocam contra a superfície gelada do satélite.
“A concentração de oxigénio na atmosfera de Dione é semelhante àquela que existe na atmosfera da Terra, a 480 quilómetros de altitude”, explica Tokar no comunicado de imprensa de Los Alamos.
O cientista sublinha que esta concentração de oxigénio “não é suficiente para gerar vida mas é um excelente indicador de que poderá haver uma enorme produção de oxigénio noutros corpos celestiais gelados”.
Os investigadores estão particularmente entusiasmados com a hipótese de uma Lua de Júpiter – a lua Europa, que tem agua subterrânea – ter moléculas de oxigénio que se podem combinar com o carbono dos lagos subterrâneos, dando origem a uma atmosfera que poderá albergar formas de vida.
A investigação foi publicada este mês no jornal cientifico 'Geophysical Research Letters'. Clique AQUI para aceder ao artigo e AQUI para consultar o comunicado de Los Alamos.