Saúde

Cientistas convertem sinais neurais em palavras

Cientistas da Universidade do Utah, nos EUA, conseguiram transformar os sinais cerebrais emitidos por um paciente paralisado em, palavras através de eléctrodos. O objetivo desta investigação é permitir que as pessoas com paralisia possam comunicar at
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Cientistas da Universidade do Utah, nos EUA, conseguiram transformar os sinais cerebrais emitidos por um paciente paralisado em palavras, através de eléctrodos. O objetivo desta investigação é permitir que as pessoas com paralisia possam comunicar através do pensamento. A investigação foi publicada na edição de setembro da publicação The Journal of Neural Engineering.

O método, testado com sucesso na Universidade de Utah, consiste na ligação de uma grelha de microeléctrodos à superfície cerebral do paciente [na foto], utilizando um software especial para traduzir os sinais emitidos pelo cérebro em palavras.

Para descodificar as ondas cerebrais, a equipa do bioengenheiro Bradley Greger inseriu os microeletrodos sobre áreas ligadas à fala do cérebro de um paciente que é epiléptico crónico. Os cientistas registraram os sinais à medida que o paciente lia repetidamente cada uma das dez expressões que podem ser úteis para uma pessoa com paralisia: “sim”, “não”, “quente”, “frio”, “fome”, “sede”, “olá”, “adeus” e “mais ou menos”.

A partir daí, os cientistas tentaram identificar que tipo de sinais cerebrais representavam cada uma das 10 palavras. Quando foram comparados apenas dois sinais distintos, como os gerados quando o homem dizia “sim” ou “não”, os cientistas conseguiram distinguir corretamente cada palavra com índice de precisão que ficou entre os 76 e os 90 por cento.

Quando foram sugeridos os 10 padrões de sinais ao mesmo tempo, foi possível fazer a identificação correta entre 28% a 48% das vezes. Esta percentagem supera largamente as expetativas dos cientistas (que seria 10%), mas a equipa admite que ainda é preciso mais investigação para se chegar a um dispositivo que traduza pensamentos mais complexos em palavras.

Ainda assim, o bioengenheiro que lidera a equipa, Bradley Greger, acredita que “em dois ou três anos seja de uso comum entre doentes paralisados”.

Até agora o sistema foi testado apenas num voluntário, mas os cientistas acreditam que será muito importante na melhoria das condições de vida de pacientes com esclerose lateral amiotrófica avançada, paralisia cerebral adquirida ou síndrome do encarceramento – onde todos os movimentos do corpo se perdem, excepto os dos olhos, mas todas as faculdades mentais se mantêm.

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