Saúde

Cientista luso ‘ensina’ corpo a responder ao HIV

O português Fernando Garcês Ferreira liderou uma equipa de investigação para perceber como é que o sistema imunitário desenvolve anticorpos para combater o HIV.
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O português Fernando Garcês Ferreira liderou uma equipa de investigação que conseguiu perceber como é que certas pessoas infetadas pelo HIV desenvolvem anticorpos para enfrentar o vírus. O estudo da equipa – que propõe uma vacina “feita à medida” para as diferentes fases de resistência do organismo – está publicado na revista científica Cell.
 
O investigador do “The Scripps Research Institute” (TSRI), nos EUA, e a sua equipa propõem uma vacina feita à medida para que se possa “guiar o desenvolvimento do anticorpo numa determinada direção”, diz Fernando Garcês Ferreira em declarações à agência Lusa.
 
“Conseguimos determinar todos os passos de uma família de anticorpos, desde o início até à forma em que é mais eficiente contra o vírus, e conseguimos fazer o mapeamento das zonas do vírus que são importantes para o desenvolvimento destes anticorpos”, explica o cientista português.
 
O objetivo do estudo passa por “ensinar” o sistema imunitário de pessoas saudáveis, não infetadas pelo HIV, a produzirem anticorpos para que, na eventualidade de uma infeção,  o corpo possa receber uma resposta rápida e eficiente ao contágio.
 
“Todos temos a possibilidade de desenvolver esses anticorpos, mas é preciso guiar o sistema imunitário a desenvolver esses anticorpos, por isso, provavelmente, temos de dar ao organismos diferentes vacinas”, defende Fernando Garces Ferreira.

Um vírus muito sofisticado
 
“Até agora, quando o anticorpo maduro se une ao vírus, desenhamos a parte viral e é essa parte que injetamos no organismo e vamos ver se o sistema imunitário consegue reproduzir a criação desse mesmo anticorpo”, explica.
 
O que falhava era que, até esse ponto final, “há muitos outros processos desenvolvidos” que, se não forem tidos em conta, impedem que se chegue ao anticorpo final, capaz de enfrentar o HIV, um vírus “muito sofisticado”.
 
A família de anticorpos objeto do estudo foi descoberta há alguns anos num doente com HIV e chegou-se à conclusão que 10 a 15% dos doentes, passados alguns anos, desenvolvem anticorpos “extremamente potentes” na neutralização do vírus.
 
O problema é que esses anticorpos “já chegam tarde porque o vírus já está instalado e uma vez o HIV instalado no nosso corpo é impossível removê-lo”, referiu Fernando Garces Ferreira.

Notícia sugerida por Maria Pandina

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