Na próxima segunda-feira, uma chuva de estrelas cadentes vai iluminar os céus e vai ser visível em vários pontos do globo, nomeadamente em Portugal. O espetáculo será originado pela passagem da Terra pela órbita do cometa "Halley".
Na próxima segunda-feira, uma chuva de estrelas cadentes vai iluminar os céus e vai ser visível em vários pontos do globo, nomeadamente em Portugal. O espetáculo será originado pela passagem da Terra pela órbita do cometa “Halley”, que ocorre, anualmente, no dia 6 de Maio.
De acordo com informações avançadas pelo Observatório Astronómico de Lisboa (OAL), este fenómeno, que será observável no nosso país por volta da meia-noite, poderá ser visto na sua plenitude fora das áreas urbanas – mais especificamente no campo – e com céu limpo.
Cientificamente denominada “chuva de meteoros”, a chuva de estrelas cadentes acontece quando a Terra cruza um enxame de meteoroides, “objetos sólidos que se deslocam no Espaço interplanetário” com “dimensões consideravelmente mais pequenas do que as de um asteróide e bastante maiores do que as de um átomo ou molécula”.
Segundo o OAL, os meteoros são fenómenos luminosos resultantes da entrada na atmosfera da Terra de um corpo sólido proveniente do espaço; o corpo aquece, ioniza a atmosfera e deixa um rasto de luz.
Fenómeno está associado ao cometa “Halley”
Esta segunda-feira, quando a Terra cruzará o enxame de meteoroides “Aquáridas”, a chuva de estrelas, com uma média de 60 meteoros por hora, atingirá o seu pico. Em declarações à Lusa, Rui Agostinho, diretor do OAL, explicou que o fenómeno surge associado ao cometa “Halley”.
Naquela ocasião, o nosso planeta vai passar na mesma zona em que se encontra o cometa, que deixou um rasto de poeiras a flutuar no Espaço, depois de o gelo que o compõe e ao qual as poeiras estavam agregadas ter transitado para o estado gasoso, por sublimação. A Terra, atravessa, portanto, “as poeiras deixadas pelo cometa” à passagem pela sua trajetória, esclareceu.
O enxame de meteoroides “Aquáridas” não é, no entanto, o mais importante: na lista dos mais relevantes estão o “Quadrântidas”, o “Perseidas”, o “Leónidas” e o “Geminídias”, com picos de atividade a 4 de Janeiro, 12 de Agosto, 18 de Novembro e 14 de Dezembro.
O “Leónidas”, associado ao cometa “Tempel-Tuttle”, é considerado o enxame que mais chuvas de estrelas cadentes espetaculares tem desencadeado, com uma média de 100 meteoros por hora.
Ainda assim, o OAL alerta que nem todas as chuvas de estrelas estão ligadas a cometas ou ocorrem de noite. A “Gemínidas”, por exemplo, está associada ao asteroide (corpo rochoso e metálico) “Faetonte” e a “Ariétidas” acontece de dia.
Notícia sugerida por Carla Neves