Um apicultor de Vimioso, Bragança, prepara-se para exportar para a China mais de três toneladas de mel produzido biologicamente na região transmontana.
Um apicultor de Vimioso, Bragança, prepara-se para exportar para a China mais de três toneladas de mel produzido biologicamente na região transmontana. Este será o início de uma relação comercial com o Oriente que poderá também levar o produto nacional ao mercado japonês.
A empresa BioApis, responsável pela produção deste mel e sediada na Zona Industrial de Vimioso, entrou em laboração há pouco mais de meio ano, após um investimento de 400 mil euros resultante de fundos comunitários, e começou por ser uma empresa de cariz familiar.
Porém, o seu proprietário conseguiu transformá-la numa unidade de produção já orientada para o mercado externo, podendo levar o mel de qualidade produzido no nordeste a diversos mercados dentro e fora da União Europeia.
“A exportação é, para nós, uma aposta séria, já que canalizamos mais de 80% da nossa produção para o mercado externo, deixando a restante parcela para consumo interno”, contou Jorge Fernandes em declarações à Lusa.
“O primeiro contrato assinado e destinado à exportação de mel e de alguns dos seus derivados leva-nos a pensar que, de futuro, vamos ter um bom escoamento dos nossos produtos”, acrescentou o empresário, explicando que a aposta na exportação é justificada também pela “crise que se faz sentir no país” e pelo facgto de o mel não ser “um produto que tradicionalmente tenha grande consumo em Portugal”.
Os primeiros produtos deste apicultor a chegar ao mercado chinês serão o mel de rosmaninho e o mel monofloral de urze e a empresa vai continuar, entretanto, o seu percurso, participando numa feira na Alemanha ligada aos produtos biológicos.
Jorge Fernandes pretende ainda criar mais-valias económicas e tentar pagar aos produtores “um pouco mais” do que pagam os intermediários, uma vez que o mel será transformado na região.
“Atualmente, a produção da empresa ronda as 20 toneladas/ano de mel em modo biológico. No entanto, caso se contratualizem mais encomendas, a nossa produção não será suficiente para as necessidades. Daí estarmos em contacto com outros produtores da região transmontan apara obtermos capacidade de resposta”, acrescentou.