Há três anos, o pequeno Peng Wenle foi sequestrado à porta de um estabelecimento comercial em Shenzen, na China. O menino, agora com seis anos, regressou finalmente para junto dos pais, graças aos milhões de utilizadores de um site semelhante ao Twitter, que ajudaram a divulgar o caso.
O incidente foi, na altura, registado pelas câmaras de vigilância no local, mas mesmo assim as autoridades não conseguiram encontrar Wenle. O pai, Peng Gaofeng, decidiu então recorrer à Internet para acelerar o processo de buscas.
O caso chegou ao conhecimento de um jornalista da revista Phoenix Weekly, Deng Fei, que partilhou a notícia no site Sina Weibo, uma plataforma de microblogging equivalente ao Twitter na China. Dos dois milhões de seguidores de Deng Fei, muitos divulgaram a história e este mês a família Gaofeng recebeu, finalmente, boas notícias.
Foi um estudante da Universidade de Jiangsu, a mais de mil quilómetros do local de residência do menino desaparecido, que acabou por avistar Wenle, na aldeia de Pizhou. Depois de lhe ter tirado algumas fotografias, enviou-as para o pai, que assim localizou o seu filho ao fim de três anos.
Um teste de ADN confirmou a boa nova e o menino regressou à sua terra natal na passada semana. Segundo declarações dos pais ao Wall Street Journal, o homem que o sequestrou morreu no ano passado, mas Wenle continuou a ser bem tratado e já frequentava a escola.
“Sinto um grande ódio [pela mulher que cuidou de Wenle], mas optei por não a processar porque vejo que o meu filho está muito ligado a ela. Não quero que ele me odeie mais tarde. A única coisa que quero neste momento é garantir a sua saúde física e mental”, afirmou Peng Gaofeng.
Estima-se que até 20 mil crianças sejam raptadas todos os anos na China. Algumas são vendidas para famílias que não têm filhos ou a grupos mafiosos.