Definem-se como “um grupo de voluntários, loucos talvez, que se juntou para fazer algo por quem pouco ou nada tem”. Não se consideram uma associação, não têm fins lucrativos e recorrem à bondade para aquecer a alma – e também o corpo – dos mais carenciados com a entrega de roupas, calçado, brinquedos e até alimentos doados por quem queira contribuir.
Para pedir ajuda basta entrar em contacto com a ChikiGentil através da página na rede social, de telefone ou de e-mail. Para ajudar, também. “Qualquer pessoa é bem-vinda a este projeto e todos se podem juntar a nós”, explicou uma das responsáveis ao Boas Notícias.
Célia Macedo frisou que o grupo tem atualmente “20 voluntárias espalhadas pelo País” e ainda outras três “em Inglaterra, Suíça e Brasil”, continuando a crescer diariamente.
Desde a sua criação, há cerca de um ano, a ChikiGentil já conseguiu alegrar as vidas de mais de duas centenas de famílias. “Até ao momento apoiámos 213 casos. As reações, como era de esperar, são sempre das melhores e sempre com sorrisos”, contou a voluntária.
“A nossa ideia inicial partiu da consciência de que podemos ser gentis e ajudar os outros, por exemplo, doando-lhes roupas que já foram nossas, e também de que podemos ser chiques mesmo com roupas usadas. Daí o nome ChikiGentil”, acrescentou.
“Ser solidário não dói”
De uma forma geral, o grupo procura aceder a todas as solicitações, tendo como única preocupação perceber se os apelos são ou não reais. Na maioria dos casos, a recolha e entrega dos materiais é feita pelos voluntários através dos seus próprios meios.
Os pedidos de auxílio que recebem são múltiplos, mas, de acordo com Célia, os mais frequentes são de alimentos e “de futuras mamãs que precisam de fazer um enxoval para os bebés e, posteriormente, de leites, papas e fraldas”.
Célia admitiu ainda que a resposta ao projeto tem surpreendido as mentoras pela positiva. Ao visitar a página no Facebook é fácil constatar que são muitos os pedidos de ajuda, mas são também muitas as ofertas de apoio. “Temos sentido muita recetividade, mais até do que esperávamos. A verdade é que as pessoas são solidárias”.
Afinal de contas, “ser solidário não dói e é muito gratificante”, concluiu. A ChikiGentil é uma das provas de que é mesmo assim.
Clique aqui para aceder à página da ChikiGentil no Facebook.
CATARINA FERREIRA