A informação foi confirmada por um dos elementos do jornal à Agência France Press. “A estupidez não vai ganhar”, disse Patrick Pelloux, cronista do jornal, à agência, acrescentando ainda que a equipa sobrevivente do 'Charlie Hebdo' se vai reunir em breve.
Com mais 40 mil exemplares que o habitual, mas menos oito páginas, o jornal satírico vai estar nas bancas a partir da próxima quarta-feira.
“Vamos continuar, decidimos sair na próxima semana. Estamos todos de acordo”, contou o cronista, que já tinha dado uma entrevista ao canal France Inter, onde deu a certeza de que “o jornal vai continuar, porque eles não podem ganhar.
Richard Malka, advogado da publicação, contou á mesma agência que o jornal contou com ajudas do Canal+ e do Le Monde, e que os elementos sobreviventes do ataque trabalharão nas instalações do Libération.
“A estupidez não vai ganhar”
Ontem, a Radio France, o Le Monde e a France Télévisions divulgaram um comunicado em que anunciaram estar dispostos a oferecer ajuda financeira e a ceder pessoal ao 'Charlie Hebdo', para que a publicação “continue a viver”.
“É muito duro, todos com pesar, com a nossa dor, os nossos medos, mas vamos fazê-lo de qualquer forma, porque não é a estupidez que vai ganhar. Charb [o diretor do jornal que morreu no ataque] sempre disse que o jornal tinha que sair, custasse o que custasse”, contou Pelloux à France Press.
Hoje, por volta das 18h30, vai decorrer na Praça dos Restauradores, em Lisboa, uma concentração de homenagem aos 12 mortos neste ataque terrorista.
Neste momento, cerca de mil e 600 pessoas já confirmaram a presença no evento que está a ser mobilizado através do Facebook.
Notícia sugerida por Maria Manuela Mendes