Segundo o comunicado da fundação, divulgado na passada sexta-feira, a bolsa – que tem a duração de três anos – foi atribuída pela Human Frontier Science Program (HFSP), uma instituição com sede em Estrasburgo que promove a ciência de ponta.
A HFSP oferece este tipo de bolsas aos projetos que se debrucem sobre os complexos mecanismos dos organismos vivos. As ajudas dividem-se em dois tipos: as destinadas aos Jovens Investigadores, que tenham estabelecido laboratório próprio nos cinco anos anteriores, e as reservadas aos Cientistas Principais, aqueles que estejam numa fase mais avançada da carreira.
Carlos Ribeiro estuda escolha dos alimentos por parte dos animais
Carlos Ribeiro beneficiou de uma das bolsas destinadas a Cientistas Principais graças à sua investigação que visa descobrir como se processa a escolha dos alimentos por parte dos animais, nomeadamente a mosca da fruta, “Drosophila Melanogaster”, com base nas necessidades de nutrientes.
Este incentivo da HFSP permitirá ao investigador avançar com a aquisição de colaboradores e materiais essenciais. O projeto está a ser desenvolvido em conjunto com cientistas do Colégio Imperial de Londres e da Universidade de Washington.
Renart estuda memória a curto prazo
Alfonso Renart, natural de Madrid, Espanha, foi um dos oito cientistas a receber a bolsa para Jovens Investigadores. O projeto que lidera na Fundação Champalimaud estuda a memória a curto prazo e a maneira como lesões no cortéx pré-frontal podem afetar esta memória.
A investigação, que procura entender como se processa esta função cognitiva, debruça-se sobre os circuitos neurológicos do córtex pré-frontal, um trabalho inovador uma vez que, até agora, apenas tinha sido estudado o comportamento dos neurónios isolados.
O estudo de Alfonso Renart conta com a colaboração do Imperial College de Londres e do Instituto de Ciência e Tecnologia da Coreia do Sul.
Este ano o HFSP recebeu 800 candidaturas para as bolsas, das quais 96 passaram à segunda fase. Destas últimas foram selecionadas as equipas que acabariam por receber as ajudas, cujos laboratórios se situam em 20 países por todo o mundo, incluindo Austrália, Ásia, América do Norte e Europa.
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[Notícia sugerida por Patrícia Guedes]