A investigação desenvolvida pela Universidade do Minho (UMinho) e pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa, teve como base o estudo do glioblastoma, um dos tumores mais frequentes e agressivos do sistema nervoso central, cuja sobrevivência humana é em média de apenas 14 meses.
“Verificámos que muitos destes tumores perderam aquela proteína, o que torna as células tumorais mais invasivas, isto é, são mais rápidas a multiplicar-se e a invadir os tecidos adjacentes”, explicaram os professores Rui Manuel Reis, da UMinho, e Peter Jordan, do INSA, num comunicado enviado ao Boas Notícias.
Human Molecular Genetics – A investigação portuguesa fez a capa da edição de Janeiro da revista da Universidade de Oxford ©
Numa segunda fase do estudo, a equipa pretende tentar aumentar o nível da proteína WNK2 para poder prolongar o tempo de vida dos pacientes com este tipo de tumor. Os especialistas salientam que foi possível “manipular os níveis da WNK2”, fator que permitiu “reintroduzi-la nas células tumorais” e suprimir o crescimento e a invasão da doença no organismo.
Este avanço pode conduzir ao enfraquecimento dos tumores cerebrais, em particular os gliomas, um tipo de doença que tem origem nas células gliais que proporcionam suporte e nutrição aos neurónios.
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Notícia sugerida por Carla Neves