A curumina, uma substância encontrada no caril, pode ajudar os pacientes submetidos a quimioterapia para cancro da cabeça e pescoço, diminuindo as doses de cisplatina administradas, de acordo com um estudo publicado em maio na revista Archives of Otolaryngology.
Através da adição de um composto à base de curumina (FLLL32) às linhas de células de laboratório de cancros da cabeça e pescoço, os investigadores da Escola Médica da Universidade do Michigan (EUA) puderam reduzir a dose de cisplatina utilizada na quimioterapia, mantendo os resultados.
Thomas Carey, autor do estudo e codiretor do programa de oncologia de cabeça e pescoço do Comprehensive Cancer Center, explica em comunicado que “quando as células se tornam resistentes à cisplatina é necessário aumentar as doses”.
“No entanto, essas drogas são tão tóxicas que os pacientes que sobrevivem ao tratamento acabam por sofrer efeitos secundários a longo prazo”.
O médico acredita que o seu estudo pode possibilitar o uso de doses mais baixas e menos tóxicas de cisplatina, atingindo resultados iguais ou melhores na eliminação de tumores.
A principal razão que faz com que os tratamentos de cancro da cabeça e pescoço falhem é o facto de as células cancerígenas se tornarem resistentes à quimioterapia, o que acaba por fazer com que a doença regresse ou se propague, sendo o tempo estimado de esperança de vida para estes pacientes de 5 anos.
O estudo foi publicado na edição de maio da revista Archives of Otolaryngology – Head and Neck Surgery.
[Esta notícia foi sugerida pela utilizadora Raquel Baêta]
Leia AQUI o comunicado.