O cão da Serra da Estrela é cada vez mais procurado no estrangeiro. Prova disso é o crescimento de associações dedicadas à raça. Hoje e amanhã, domingo, realiza-se o 1.º Congresso Internacional do Cão da Serra da Estrela, nas Penhas da Saúde, com a presença de oito associações estrangeiras dedicadas a esta raça nacional.
Alfredo Ferreira, presidente da Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela, disse à agência Lusa que em Portugal, "são registados, em média, entre 600 a 750 cães por ano", e garante que a "popularidade" desta raça também cresce além fronteiras.
A prová-lo estão as oito associações estrangeiras dedicadas a esta raça canina portuguesa que vão estar presentes no Congresso Internacional. Os oito clubes são oriundos de França, Reino Unido, Suécia, Finlândia, Holanda e Estados Unidos da América.
São formados por estrangeiros que "conheceram o cão e ficaram fãs", explicou Alfredo Ferreira. Na Finlândia, por exemplo, "já há mais de 500 exemplares registados", sublinhou o presidente da associação.
Tanto em Portugal como no estrangeiro, "o número de criadores e de exemplares continua a crescer devido, às características da raça: é um cão extremamente meigo, um guarda por excelência e com elevada autoconfiança", descreveu aquele responsável.
Os relatos sobre a espécie "remontam à época das invasões romanas", disse Alfredo Ferreira. Os pastores foram os primeiros a usá-los para guardar rebanhos, hoje são cães procurados para guardar fábricas e outras instalações de empresas, mas também cães de família.
Aposta na divulgação e promoção
A Associação Portuguesa do Cão da Serra da Estrela completa 25 anos em 2011 e pretende com este congresso "aglutinar os amantes da raça", sublinhou o dirigente associativo. Sábado vão ser debatidos temas como a história, funcionalidade, morfologia do cão e sua divulgação no mundo. Para domingo está prevista uma exposição monográfica da raça.
Alfredo Ferreira considerou que o cão da Serra da Estrela "carece de divulgação, tal como tantas outras riquezas portuguesas". Aquele responsável disse acreditar que "se a raça tivesse sido tratada de forma dinâmica, hoje seria um cão de topo em termos mundiais".
A associação portuguesa vai propor no encontro deste fim de semana que "passe a haver uma reunião anual de todas as associações, de Portugal e do estrangeiro, para impulsionar a promoção" da raça.
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[Notícia sugerida por Raquel Baêta e Hugo Mota]