A vacina consiste num implante que consegue recrutar e programar as células do sistema imunológico dos indivíduos tornando-o mais resistente. Para isso, o implante está embebido com uma mistura de três ingredientes – proteínas secas de tumores, proteínas conhecidas como fator de crescimento que promovem o crescimento de células saudáveis e moléculas de ADN.
Estes ingredientes são depois comprimidos através de uma técnica de alta pressão num plástico poroso e biodegradável onde as células do sistema imunitário conseguem penetrar.
90% por cento de sucesso
Os resultados desta vacina obtidos nos testes em ratinhos foram promissores: 90 por cento dos animais que receberam a vacina WDVAX sobreviveram à doença embora a sua esperança de vida fosse inferior a um mês. Graças a este sucesso a vacina está agora na primeira fase de testes em humanos.
A fase I dos testes começou em Agosto deste ano e está a ser liderada pelo oncologista da Dana-Farber, Stephen Hodi. A vacina está a ser aplicada em doentes que sofrem de melanomas com metástases, ou seja, cancros que alastraram.
Durante dois anos, estes 25 doentes vão receber, no total, quatro implantes desta vacina, com intervalos de vários meses. Os implantes requerem uma cirurgia minimamente invasiva.
Embora a vacina WDVAX seja o primeiro implante de combate ao cancro que está a ser testado em humanos, o artigo da revista Nature relata que já estão a ser desenvolvidos outros sistemas semelhantes que podem, por exemplo, ser injetados no corpo humano, junto das células cancerígenas, para reforçar o sistema imunitário localmente.
Notícia sugerida por David Ferreira