Saúde

Cancro: Teste sanguíneo pode substituir biópsia pulmonar

Uma simples análise ao sangue pode ser suficiente para detetar o cancro do pulmão e definir o tratamento mais adequado para cada paciente, podendo vir a substituir procedimentos invasivos como as biópsias no diagnóstico de mutações específicas.
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Uma simples análise ao sangue pode ser suficiente para detetar o cancro do pulmão e definir o tratamento mais adequado para cada paciente. A conclusão é de uma equipa de investigadores espanhóis, que acredita que os testes sanguíneos poderão vir a substituir procedimentos invasivos como as biópsias no diagnóstico de mutações específicas dos tumores pulmonares. 
 
Os cientistas do Instituto Catalão de Oncologia, em Espanha, coordenados por Rafael Rosell, analisaram o sangue periférico – isto é, o sangue que flui e circula pelo corpo – em 97 pacientes com mutações no gene EFGR, que estão, muitas vezes, associadas ao cancro do pulmão.
 
Sabendo que os pacientes com este tipo de mutações respondem bem a inibidores do gene EFGR como o erlotinib, o principal tratamento para estes casos, os investigadores procuraram entender se uma análise ao sangue muito específica – a biópsia líquida – poderia permitir a deteção destas mutações, dizendo, de imediato, aos médicos por que terapia deveriam optar.
 
De acordo com um comunicado divulgado pelo instituto, os resultados foram positivos em 78% dos pacientes. Tal significa que, nestes casos, os doentes poderiam ser poupados da biópsia convencional, sendo uma análise de sangue suficiente para saber se o tratamento com erlotinib seria ou não eficaz e para se iniciar a sua administração. 
 
Segundo os investigadores, “estas análises de sangue servirão não apenas para estabelecer as mutações iniciais observadas no tumor do paciente, bem como para avaliar a evolução da doença ao longo do tratamento e se o cancro desenvolve ou não resistência ao medicamento durante o processo”. 
 
O instituto catalão adianta que o estudo, publicado esta semana na revista científica JAMA Oncology, serviu, também, para confirmar que nem todas as mutações do gene EGFR oferecem o mesmo prognóstico, havendo mutações que são mais perigosas do que outras, “o que indica a necessidade de melhorar o tratamento dos portadores destas mutações”, alerta a equipa.

Clique AQUI para aceder ao estudo (em inglês).

Notícia sugerida por António Resende

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