As mamografias regulares permitem reduzir em até 40% o risco de morte por cancro da mama em mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos. A conclusão é de um novo estudo liderado por uma universidade britânica.
As mamografias regulares permitem reduzir em até 40% o risco de morte por cancro da mama em mulheres com idades entre os 50 e os 69 anos. A conclusão é de um novo estudo liderado por uma universidade britânica que contou com a participação de especialistas de 16 países.
Os investigadores, coordenados por Stephen Duffy, docente da Queen Mary University, em Londres, Inglaterra, avaliaram o impacto positivo e negativo de diferentes tipos de exames de diagnóstico do cancro da mama, baseando-se na análise de 11 ensaios clínicos e 40 estudos observacionais “de alta qualidade”.
Os resultados, publicados esta quarta-feira na revista científica New England Journal of Medicine, tiveram em consideração a existência ou não de programas governamentais de incentivo à realização de mamografias e revelaram que, em geral, quando são chamadas com regularidade para este exame, as mulheres correm um risco 23% inferior de vir a morrer de cancro da mama.
Este risco é ainda mais reduzido – em 40% – no caso de mulheres com idade entre os 50 e os 69 anos, as que mais beneficiam das mamografias. Porém, os cientistas constataram, igualmente, que este tipo de exame pode ser benéfico até na faixa etária dos 70 aos 74 anos, facto que é uma novidade em relação aos atuais consensos.
“Esperamos que esta importante análise alerte as mulheres de todo o mundo para o facto de que a mamografia salva vidas”, afirma, em comunicado, Stephen Duffy, que liderou a equipa envolvida na investigação.
Segundo Duffy, “as evidências provam que este tipo de exame é uma ferramenta vital no diagnóstico precoce do cancro da mama, reduzindo, consequentemente, o número de mortes causadas pela doença”.
“É vital que continuemos a estudar as formas mais eficazes de examinar as mulheres com elevado risco de cancro da mama, quer por questões genéticas quer pelo historial familiar”, acrescenta o principal autor deste estudo internacional.
As mamografias destinam-se a um eventual diagnóstico do cancro da mama ainda numa fase inicial, o que melhora muito significativamente o prognóstico das pacientes.
Apesar das preocupações existentes em relação a possíveis malefícios do exame – como os chamados “falsos positivos” ou até a excessiva exposição à radiação -, os investigadores asseguram que as vantagens ultrapassam os riscos.
O cancro da mama é o tipo de cancro diagnosticado com mais frequência entre as mulheres, constituíndo-se como a segunda principal causa de morte associada a doença oncológica nos países desenvolvidos e como o cancro mais mortífero entre o sexo feminino nos países em desenvolvimento, onde a sua deteção só acontece, muitas vezes, em estágios demasiado avançados.
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